A lei do uso ou desuso foi elaborada por Lamarck,
com base na observação de certos órgãos corporais
que se desenvolvem, quando são muito utilizados, e
atrofiam-se, quando pouco solicitados.
Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se as de
Lamarck e de Darwin-Wallace. Posteriormente, foi
formulada a teoria sintética da evolução, que incorpora os
conceitos modernos da Genética àqueles conceitos
essenciais de evolução por seleção natural. Nesse
contexto, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — certo
Tema central: a lei do uso e desuso formulada por Jean‑Baptiste Lamarck como um dos mecanismos para explicar a transformação dos seres vivos.
Resumo teórico e justificativa: Lamarck, em sua obra Philosophie Zoologique (1809), propôs que órgãos muito utilizados se desenvolvem e que órgãos pouco utilizados atrofiam‑se. Essa observação foi sistematizada como a lei do uso e desuso, associada à ideia de que características adquiridas durante a vida podiam ser transmitidas aos descendentes. Ex.: um órgão exercitado torna‑se mais desenvolvido; um órgão negligenciado tende a reduzir‑se.
Essa descrição corresponde exatamente ao enunciado, portanto a alternativa é Certa. Fontes clássicas: Lamarck (1809). Para o contexto histórico e a crítica posterior, ver Weismann (barreira germinal, final do séc. XIX) e a Síntese Moderna (Dobzhansky, Fisher, Haldane, Wright — anos 1930‑40) que incorporam genética mendeliana e seleção natural.
Observação didática: embora Lamarck tenha descrito corretamente o fenômeno do desenvolvimento ou atrofia por uso/desuso, sua interpretação de herança de características adquiridas foi posteriormente contestada pela genética clássica. Estudos e a teoria moderna mostram que a herança se dá via material genético e seleção sobre variação hereditária; entretanto, debates atuais sobre epigenética mostram mecanismos de efeito parental que não reabilitam integralmente o lamarquismo clássico.
Referências rápidas: J.B. Lamarck, Philosophie Zoologique (1809); A. Weismann, estudos sobre plasmagerm (final séc. XIX); Theodosius Dobzhansky, Genetics and the Origin of Species (1937).
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