A litosfera está fragmentada em 12 placas tectônicas principais além de outras menores. A tectônica global descreve o movimento das placas e das forças atuantes sobre elas estabelecendo uma relação entre a estrutura geológica e grandes feições do relevo terrestre. Considerando a tectônica de placas, atente para as seguintes afirmações:

I. A Islândia, que se localiza no limite divergente entre as placas Norte-americana e Eurasiana, representa um local onde a cadeia mesoceânica do Atlântico aflora acima do nível do mar com muitas rupturas, promovendo a expansão do novo assoalho do Oceano Atlântico Norte.

II. Um exemplo de movimento transformante aconteceu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres no estado da Califórnia nos Estados Unidos.

III. A subducção da placa de Nazca sob a placa Sul-Americana pelo movimento divergente gerou a Cordilheira dos Andes, além de toda a variedade de estruturas associadas ao movimento compressivo.

Está correto o que se afirma em

Resposta correta: D — I e II apenas.

Tema central: Tectônica de placas — tipos de limites (divergente, convergente/subducção e transformante) e suas feições associadas. Conhecer o movimento relativo das placas e as estruturas resultantes é essencial para resolver a questão.

Resumo teórico (essencial):

Divergente: placas afastam‑se; formação de dorsal mesoceânica e novo assoalho oceânico (ex.: Dorsal Mesoatlântica — Islândia).

Convergente/Subducção: uma placa mergulha sob outra; resulta em arco orogênico, vulcanismo e compressão (ex.: Placa de Nazca subduzindo sob a Sul‑Americana → formação dos Andes).

Transformante: deslocamento horizontal relativo; provoca falhas transformantes e terremotos (ex.: falha de San Andreas entre Pacífico e Norte‑Americana).

Fontes: USGS — "Plate Tectonics" e Kearey et al., Global Tectonics (manuais acadêmicos).

Justificativa da alternativa correta (D):

A afirmação I está correta: a Islândia aflora onde a Dorsal Mesoatlântica emerge acima do nível do mar, entre as placas Norte‑Americana e Eurasiana — exemplo clássico de limite divergente e expansão do assoalho oceânico.

A afirmação II está correta: a falha de San Andreas é resultado do limite transformante entre as placas Pacífico e Norte‑Americana — deslocamento horizontal relativo, com forte atividade sísmica.

Análise da afirmação III (por que é falsa):

A afirmação III mistura conceitos: a subducção da placa de Nazca sob a Sul‑Americana é um processo convergente, não divergente. A orogênese dos Andes decorre justamente da compressão e subducção (vulcanismo e dobras), portanto chamar o processo de "pelo movimento divergente" é incorreto. Logo III é falsa.

Por que as outras alternativas estão erradas:

A: I e III apenas — errada porque III é falsa.

B: I, II e III — errada pela mesma razão: inclusão de III (falsa).

C: II e III apenas — errada porque I é verdadeira e III é falsa; faltou I.

Dica de prova / estratégia:

Procure palavras‑chave que indicam tipo de limite: "afastamento/dorsal" → divergente; "subducção/mergulho" → convergente; "deslizamento/horizontal" → transformante. Quando uma assertiva contradiz o tipo de movimento (como “subducção … pelo movimento divergente”), trate‑a como falsa imediatamente.

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