Diversos estudos sobre a origem do milho moderno nos remete aos antigos povos do México.
Pesquisadores defendem que esses povos teriam desenvolvido o milho, de espiga grande e
doce, a partir de outra planta de espiga pequena e dura, o teosinto. Parece que esses povos
foram os primeiros “melhoristas” de plantas nas Américas.
Os antigos povos mexicanos, ao longo do tempo, auxiliaram no desenvolvimento do milho ao
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: domesticação e melhoramento vegetal por seleção artificial. A questão avalia se você identifica o processo pelo qual povos antigos transformaram o teosinto no milho moderno — ou seja, como escolhas repetidas de plantas influenciam a evolução de cultivares.
Resumo teórico (claro e progressivo): A domesticação de plantas é geralmente feita por seleção artificial: agricultores escolhem sementes de indivíduos com características desejadas (espiga maior, sabor doce, grãos moles) e as plantam. Ao longo de gerações, essas escolhas acumulam alterações genéticas e fenotípicas. Estudos genéticos e arqueológicos confirmam que o milho moderno deriva do teosinto por esse processo (ver ex.: Matsuoka et al., Science, 2002).
Justificativa da alternativa correta (D): Selecionar para o novo plantio as melhores sementes do cultivo anterior é exatamente a definição de seleção artificial. Ao repetir essa prática, características desejáveis se tornam frequentes na população, originando uma planta domesticada — neste caso, o milho com espiga grande e doce.
Análise das alternativas incorretas:
A: adicionar maior quantidade de água ao plantio — Embora manejo hídrico afete produtividade, não explica a transformação genética e fenotípica progressiva do teosinto no milho; não é mecanismo de domesticação por si só.
B: plantar em solos mais ricos — Solo melhor melhora crescimento, mas não promove a alteração direcional de caracteres hereditários ao longo de gerações como a seleção de sementes faz.
C: induzir mutações por maior exposição ao Sol — Radiação pode causar mutações, mas agricultores antigos não tinham esse controle nem essa intenção; além disso, mutações aleatórias não direcionam consistentemente a obtenção de características úteis sem seleção posterior.
Dica de interpretação de enunciado e alternativas: Procure no enunciado termos como “ao longo do tempo”, “desenvolveram” e “a partir de outra planta” — isso indica um processo cumulativo e intencional. Desconfie de alternativas que descrevem manejo pontual ou causas genéricas (água, solo, sol) quando a mudança é histórica e genética.
Fontes e leitura recomendada: Matsuoka et al., Science (2002) sobre a origem do milho; Doebley, Evolutionary Genetics of Maize (revisões posteriores). Para contexto clássico: Darwin, On the Origin of Species (seções sobre seleção artificial).
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