No início da década de 1970, descobriu-se que certas enzimas
bacterianas podiam cortar moléculas de DNA. Essas enzimas,
denominadas endonucleases de restrição, passaram a ser
bastante utilizadas em estudos envolvendo a tecnologia do
DNA recombinante, pois permitem:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: endonucleases de restrição — enzimas bacterianas que reconhecem sequências específicas de DNA e as cortam. Esse conceito é essencial para entender técnicas de DNA recombinante (clonagem, mapas de fragmentos, ligação de insertos), muito frequente em provas de Hereditariedade e diversidade da vida.
Resumo teórico:
Endonucleases de restrição reconhecem sequências palindrômicas específicas (tipicamente 4–8 pares de bases) e realizam cortes precisos nessas posições, gerando extremidades coesivas (sticky) ou cegas (blunt). Na natureza, fazem parte de sistemas restrição-modificação que protegem bactérias contra vírus (bacteriófagos): a bactéria metila seu próprio DNA para evitar o corte, enquanto DNA estranho sem metilação é degradado. Em biotecnologia, usam-se para obter fragmentos com extremidades compatíveis que possam ser ligadas a vetores — base do DNA recombinante. (Fontes: Alberts et al., Molecular Biology of the Cell; Sambrook & Russell, Molecular Cloning; Nobel Prize 1978 — Arber, Smith, Nathans).
Por que a alternativa A está correta:
A descreve exatamente a propriedade fundamental: reconhecimento de sequências específicas e corte nesses pontos, o que permite cortar DNA em locais definidos para montagem de recombinantes. É a função explorada em laboratórios e livros-texto.
Análise das alternativas incorretas:
B (errada): afirma que cortam qualquer sequência. Isso contraria o caráter específico das endonucleases; não são aleatórias.
C (errada): diz que são defesa contra bactérias. Na verdade, são produzidas por bactérias para defender-se de vírus, não de outras bactérias; além disso, a alternativa confunde agente (alvo) e origem.
D (errada): aproxima-se da ideia de defesa contra vírus, porém erra ao afirmar que os cortes são aleatórios. São específicos — não aleatórios.
Dicas de interpretação para provas:
- Desconfie de termos absolutos como “qualquer” — frequentemente indicam alternativa errada.
- Observe distinção entre origem (enzimas bacterianas) e alvo/justificativa (defesa contra vírus/bacteriófagos).
- Associe a aplicação prática: cortes específicos → montagem de fragmentos → DNA recombinante.
Referências indicativas: Alberts et al., Molecular Biology of the Cell; Sambrook & Russell, Molecular Cloning; Prêmio Nobel 1978 (Werner Arber, Hamilton O. Smith, Daniel Nathans).
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