Leia as informações a seguir.
A presença do vírus da febre amarela em amostras de urina e de sêmen de um paciente que sobreviveu à doença foi
detectada quase um mês após ele ter sido infectado. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Ciências
Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em colaboração com colegas dos institutos Butantan, de Infectologia Emílio Ribas e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/02/09/virus-da-febre-amarela-e-detectado-em-urina-e-semen-quase-um-mes-apos-a-infeccao/.
Acesso: 13/02/2018.
Para os pesquisadores, essa detecção é bastante preocupante, uma vez que
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: detecção do vírus da febre amarela em fluidos (urina e sêmen) quase um mês após a infecção e as implicações sobre o período de transmissibilidade.
Resumo teórico progressivo: O vírus da febre amarela é um flavivírus (RNA) cuja replicação ocorre em células do hospedeiro. Em infecções agudas costuma haver viremia temporária — período em que o vírus circula no sangue e pode ser transmitido por mosquitos vetores (Aedes/Haemagogus). A detecção do vírus em outros fluidos após a fase aguda indica eliminação/replicação prolongada ou persistência em sítios onde o sistema imune não o elimina rapidamente, o que pode estender o período em que o paciente é potencialmente transmissor.
Por que a alternativa D é correta: afirmar que “sugere… que o período de transmissibilidade pode ser mais extenso” é a conclusão lógica e conservadora diante da detecção tardia do vírus em sêmen e urina. Essa observação científica justifica investigação adicional sobre janelas de transmissibilidade além da viremia detectada no sangue.
Análise das alternativas incorretas (estratégia: eliminação por conteúdo científico):
A — menciona antirretrovirais. Erro conceitual: antirretrovirais tratam retrovírus (ex.: HIV). Não são terapia padrão para flavivírus; portanto a relação proposta é inválida.
B — afirma que a febre amarela “passa a ser transmitida… por contato sexual”. A detecção em sêmen gera preocupação e aponta para risco potencial, mas não constitui prova de transmissão sexual estabelecida. Comparação útil: no vírus Zika houve evidência documentada de transmissão sexual; para febre amarela ainda são necessárias evidências epidemiológicas.
C — confunde termos: anafilaxia é reação alérgica imediata; cirrose hepática é consequência crônica de dano hepático e não uma “reação anafilática”. A afirmação é incorreta e conceitualmente imprecisa.
E — incorre em erro fundamental: vírus não fazem divisão binária nem se multiplicam fora de células hospedeiras. A ideia de “multiplicar-se fora da corrente sanguínea” está mal formulada — vírus dependem de células para replicar-se.
Estratégias para resolver questões assim: procure palavras-chave temporais (“quase um mês”) e relacione com conceitos básicos (viremia vs. eliminação em outros fluidos); descarte alternativas com termos ou tratamentos fora do contexto (ex.: antirretrovirais, divisão binária para vírus).
Fontes úteis: WHO/OMS — Yellow fever fact sheet; CDC — Yellow Fever; artigo de divulgação científica citado (Revista Pesquisa/FAPESP) sobre detecção em urina e sêmen.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






