A transmissão materno-infantil do HIV pode ocorrer no útero, durante a gestação, no parto normal ou no pós-parto. Assim, as recomendações para as mães infectadas são o tratamento com antirretrovirais durante a gestação, parto cesariano e a utilização de fórmulas especiais para a alimentação do bebê.
                                                                                                                                         (RIBEIRO, 2013, p. 47).

Considerando aspectos reprodutivos e de desenvolvimento na espécie humana, pode-se afirmar:


A contaminação pelo HIV durante a gestação ocorre em razão da mistura do sangue materno com o sangue fetal, no ambiente uterino.

Resposta: E — Errado

Tema central: transmissão vertical do HIV (da mãe para o filho) e mecanismos biológicos que a possibilitam. Entender a barreira placentária e as vias de transmissão (intrauterina, parto e amamentação) é essencial para interpretar enunciados que generalizam processos biológicos.

Resumo teórico e explicação progressiva:

- Normalmente, não há "mistura do sangue materno com o sangue fetal" no útero: a placenta funciona como uma barreira fisiológica entre as circulações, permitindo trocas de nutrientes e gases sem mistura direta de sangue.

- A transmissão intrauterina do HIV ocorre por passagem do vírus ou de células infectadas através da placenta (transplacentária), por microlesões, inflamação placentária ou rompimento de suas defesas, não por simples fluxo de sangue livre entre mãe e feto.

- Outras vias: durante o parto, a exposição direta a sangue e secreções maternas aumenta o risco; no pós-parto, o vírus pode ser transmitido pelo leite materno.

Por isso a afirmação é falsa: dizer que a contaminação “ocorre em razão da mistura do sangue materno com o sangue fetal” simplifica e descreve incorretamente o mecanismo. A realidade envolve travessia viral/ celular pela placenta ou eventos que comprometam sua integridade.

Medidas preventivas (contexto prático): uso de antirretrovirais durante a gestação, conduta obstétrica adequada (cesárea em situações específicas) e alternativas ao aleitamento materno quando indicado — recomendações apoiadas por OMS e protocolos do Ministério da Saúde do Brasil para reduzir a transmissão vertical.

Dica de interpretação de questões: atenção a palavras absolutas ou imagens simplistas como “mistura de sangue” — são indícios de erro. Procure distinguir entre mecanismos gerais (exposição a sangue/secreções) e o fundamento biológico real (passagem transplacentária, lesões, células infectadas).

Fontes consultadas: Diretrizes da OMS sobre prevenção da transmissão vertical do HIV; protocolos do Ministério da Saúde do Brasil sobre atenção materno-infantil em HIV (documentos técnicos nacionais e internacionais orientam as práticas citadas).

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