Diferente da produção de energia elétrica do
resto do mundo, no Brasil, a maior parte da energia
elétrica produzida é proveniente de Usina Hidroelétrica.
A opção por este modelo de produção de energia está
diretamente relacionada às condições geomorfológicas
das bacias hidrográficas e ao potencial hídrico do
território brasileiro.
Sobre as bacias hidrográficas brasileiras e a
produção de energia no Brasil, pode-se definir que:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D.
Tema central: Relação entre bacias hidrográficas e produção de energia elétrica no Brasil. É preciso entender como disponibilidade de vazão, relevo e localização das grandes usinas determinam onde se concentra a geração hidrelétrica.
Resumo teórico: A geração hidrelétrica exige rios com grande vazão e/ou desnível para formar reservatórios e alimentar turbinas. No Brasil, as maiores usinas estão em bacias com rios de grande porte (principalmente a Bacia do Platina — conjunto Paraná/Paraguai/Uruguai), que permitem grandes barramentos (ex.: Itaipu). Fontes: Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Águas (ANA).
Por que a alternativa D é correta: A Bacia Platina (especialmente o segmento Paraná) concentra enormes centrais hidráulicas — Itaipu, Jupiá, Ilha Solteira, Furnas entre outras — e está próxima às maiores áreas consumidoras (Sudeste e Sul). Isso tornou essa bacia o principal polo de produção hidrelétrica do País, além de sediar empresas e infraestrutura de transmissão. Dados da EPE confirmam a alta capacidade instalada na região do Paraná/Platina.
Análise das alternativas incorretas:
A — Bacia Amazônica: Apesar do enorme potencial hídrico e projetos (ex.: Belo Monte no Xingu), a Amazônia tem baixa densidade populacional e poucas grandes hidrelétricas em operação comparadas à Platina; portanto não concentra a maior produção.
B — São Francisco: O São Francisco é importante regionalmente e tem usinas (Sobradinho, Xingó), mas sua capacidade instalada é menor que a das usinas na Bacia Platina; não é o principal polo nacional.
C — Tocantins-Araguaia: Possui empreendimentos relevantes (ex.: Tucuruí), porém a soma da capacidade ainda fica atrás da Bacia Platina; a localização central não garante maior produção nem melhor distribuição automática.
E — Bacias costeiras (leste): A faixa litorânea concentra consumo, mas rios costeiros são curtos e com menor potencial para grandes hidrelétricas; por isso a geração de grande porte não se concentra ali.
Dica de prova: Diferencie potencial hídrico (recursos naturais) de capacidade instalada real (onde as usinas foram efetivamente construídas). Pegadinhas costumam misturar extensão territorial com produção efetiva.
Fontes recomendadas: EPE — Balanço Energético Nacional; ANA — Atlas dos Recursos Hídricos; IBGE — mapas hidrográficos.
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