Pesquisas recentes mostraram que células-tronco retiradas da medula óssea de indivíduos com problemas
cardíacos foram capazes de reconstituir o músculo do coração, o que abre perspectivas de tratamento para
pessoas com problemas cardíacos. Células-tronco também podem ser utilizadas no tratamento de doenças
genéticas, como as doenças neuromusculares degenerativas.
A expectativa em torno da utilização das células-tronco decorre do fato de que essas células
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: capacidade das células‑tronco de se diferenciarem e substituir células danificadas em tecidos (no caso, músculo cardíaco). Esse conhecimento exige entender conceitos básicos de potenciais de diferenciação (totipotente, pluripotente, multipotente) e mecanismos de integração celular nos tecidos.
Resumo teórico: Células‑tronco possuem duas propriedades-chave: autorrenovação e capacidade de diferenciação em tipos celulares especializados. Células‑tronco da medula óssea (por exemplo, células mesenquimais) são geralmente multipotentes e podem diferenciar‑se em linhagens mesenquimais, incluindo células com fenótipo semelhante a cardiomiócitos, integrando‑se ao tecido lesionado e contribuindo para a função. (Fontes: Alberts et al., Biologia Molecular da Célula; diretrizes ISSCR sobre pesquisa com células‑tronco).
Por que a alternativa D está correta: ela descreve precisamente o mecanismo esperado: as células‑tronco sofreram diferenciação e tornam‑se parte funcional do tecido lesionado. Ou seja, elas se transformam em células especializadas (ex.: cardiomiócitos ou células de suporte) e se incorporam estrutural e funcionalmente ao órgão.
Análise das alternativas incorretas:
A: "incorporam o genoma do tecido lesionado..." — incorreto. As células‑tronco não trocam ou incorporam genomas de células doente; elas mantêm seu próprio material genético e atuam por diferenciação, não por substituição do genoma.
B: "eliminam os genes causadores..." — incorreto. Terapias com células‑tronco não removem genes deletérios no tecido; correção genética exigiria técnicas de edição (CRISPR etc.), não é mecanismo inerente das células‑tronco.
C: "alteram a constituição genética... pelo alto grau de especialização" — incorreto e confuso. Diferenciação altera o padrão de expressão gênica (fenótipo), mas não muda a constituição genética (DNA) do tecido lesionado.
E: "fundem‑se com o tecido lesionado, eliminando rejeição" — parcialmente equivocado. Em poucos casos ocorre fusão celular, mas não é o mecanismo principal nem garante ausência de rejeição; além disso, fusão não explica a restauração funcional observada.
Dica de prova: procure palavras‑chave como "diferenciação", "integrar-se", "tornar‑se parte funcional" — elas frequentemente indicam a alternativa correta sobre células‑tronco.
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