Leia os textos abaixo.

“Um terremoto de 5,9 de magnitude atingiu a ilha turística de Lombok, na Indonésia, nesta quinta-feira (9), quatro dias depois de um primeiro forte tremor deixar pelo menos 259 mortos.” [...] O terremoto que atingiu a ilha de Lombok, no fim da tarde de domingo (horário local) teve 6,9 de magnitude, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O seu epicentro foi registrado a 10,5 km de profundidade, a 2 km ao sul de Loloan, no norte da ilha.”
Disponível em https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/09/outro-terremoto-sacode-lombok-na-indonesia.ghtml. Acesso em 15 de ago. 2018.

“Moradores da região oeste de Londrina, no norte do Paraná, sentiram a terra tremer na quarta-feira (1°). Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a magnitude registrada foi de 0,8 grau na escala Richter, um tremor de baixa intensidade.” [...] “Com mais esse registro, já são 15 abalos sísmicos registrados em Londrina desde dezembro de 2015, quando ocorreram os primeiros relatos de moradores. Segundo o Centro de Sismologia da USP, o microtremor desta quarta-feira foi registrado por volta das 20h35, após relatos de moradores. Como a intensidade foi muito baixa, os técnicos da USP afirmam que não deve ser motivo de preocupação.”
Disponível em https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2018/08/02/moradores-de-bairro-da-regiao-oeste-de-londrina-sentem-a-terra-tremer.ghtml. Acesso em 15 de ago. 2018.

As duas notícias retratam ocorrências de terremotos, na Indonésia e no Brasil. A seguir marque a alternativa que apresenta fatores que explicam os motivos de as magnitudes dos terremotos registrados na Indonésia e no Brasil serem tão diferentes.

Alternativa correta: C

Tema central: explicitar por que terremotos na Indonésia são muito mais fortes que os registrados no Brasil. O conhecimento-chave é tectônica de placas (zonas de limite — subducção, falhas transformantes, riftes) e diferença entre sismicidade de borda de placa e sismicidade intra‑placa.

Resumo teórico: A maioria dos grandes terremotos ocorre em limites de placas. Em zonas de subducção (onde uma placa oceânica mergulha sob outra continental ou oceânica) acumulam-se enormes tensões, produzindo abalos de alta magnitude — é o caso do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, onde está a Indonésia. Já o Brasil situa‑se no interior da Placa Sul‑Americana (área tectonicamente estável); abalos ali são raros e geralmente de baixa magnitude, resultantes de tensões internas ou reativação de falhas antigas.

Por que a alternativa C é correta: afirma que a Indonésia está no Círculo de Fogo do Pacífico (região de forte atividade sísmica por subducção) e que o Brasil está no centro da Placa Sul‑Americana, afastado dos limites com a Placa de Nazca (o limite oeste, responsável por grandes sismos) e com a Placa Africana (limite divergente no meio do Atlântico). Essa explicação conecta diretamente a localização tectônica com a diferença de magnitudes observadas.

Análise das alternativas incorretas:

A — afirma incorretamente que a Indonésia tem o menor índice de terremotos; além disso diz que o Brasil está "geologicamente a oeste da Placa Sul‑Americana", informação equivocada e confusa.

B — usa o termo "Placa Tectônica Americana" (impreciso) e cita limites com Euroasiática e Africana, erro sobre as fronteiras relevantes para o Brasil; não evidencia a relação com Nazca.

D — coloca a Indonésia no "Círculo de Fogo do Atlântico" (errado) e afirma que o Brasil está em uma borda da Placa Sul‑Americana com afastamento da Africana como causa de pequenos tremores — mistura incorreta de conceitos.

E — repete erros: diz que a Indonésia está em uma região menos susceptível e cita o Círculo de Fogo do Atlântico — contradição completa com a realidade tectônica.

Dica prática para provas: busque termos‑chave no enunciado: "Círculo de Fogo do Pacífico", "centro da placa", "Nazca", "subducção". Desconfie de alternativas que trocam nomes de placas ou confundem oceano/placa (Pacífico × Atlântico) — isso é pegadinha comum.

Fontes recomendadas: USGS — Plate Tectonics & Earthquake Hazards (https://www.usgs.gov) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM) — materiais de sismologia (https://www.cprm.gov.br).

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