No Brasil, existem cerca de 17 milhões de pessoas diabéticas, o que equivale a 10% da população do país. De acordo com a Fundação Nacional de Saúde, outros 40 milhões de brasileiros correm o risco de adquirir a doença, que não tem cura e já é considerada pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia mundial. O diabetes melito é um distúrbio metabólico em que o corpo não fabrica ou não usa apropriadamente a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que converte o açúcar ingerido na energia de que o corpo necessita para realizar as atividades diárias. A falta dessa substância promove o aumento do nível de glicose no sangue (hiperglicemia), alterando também o metabolismo das proteínas e das gorduras. Pessoas que têm diabéticos na família ou que são sedentárias e estão muito acima do peso devem fazer o exame regularmente, pois essa é uma doença que apresenta como causas aspectos genéticos associados a fatores ambientais.
Com relação ao assunto do texto e com base em seus conhecimentos, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.
Pessoas que têm familiares biológicos afetados apresentam maior probabilidade de desenvolver diabetes porque podem compartilhar alelos de genes relacionados a essa patologia.
Com relação ao assunto do texto e com base em seus conhecimentos, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.
Pessoas que têm familiares biológicos afetados apresentam maior probabilidade de desenvolver diabetes porque podem compartilhar alelos de genes relacionados a essa patologia.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: hereditariedade e risco de diabetes. A questão trata de por que ter parentes biológicos com diabetes aumenta a probabilidade de desenvolver a doença. Para responder é preciso entender conceitos de genética populacional (alelos, herdabilidade) e de doenças multifatoriais (interação gene–ambiente).
Resumo teórico: o diabetes (especialmente o tipo 2) é uma condição poligênica e multifatorial. Isso significa que muitos genes contribuem, cada um com pequeno efeito, e fatores ambientais (obesidade, sedentarismo, dieta) modulam o risco. No diabetes tipo 1 há forte associação imunogenética (ex.: alelos HLA), enquanto no tipo 2 há loci associados (ex.: TCF7L2, PPARG, entre outros). Familiares compartilham genes e, frequentemente, ambientes e hábitos, o que leva à agregação familiar e aumento do risco.
Justificativa da resposta: afirmar que quem tem familiares afetados apresenta maior probabilidade é correto porque parentes biológicos tendem a compartilhar alelos que elevam a suscetibilidade ao diabetes. Isso não implica determinismo: herança aumenta a probabilidade, mas fatores ambientais e estilo de vida determinam se a doença se manifesta. Fontes que corroboram: Organização Mundial da Saúde (WHO) sobre diabetes como problema global e diretrizes da American Diabetes Association e da Sociedade Brasileira de Diabetes descrevem a natureza multifatorial da doença.
Dica de interpretação: a palavra-chave é "probabilidade". Questões que confundem risco com certeza são armadilhas comuns — herança aumenta risco, não garante doença. Busque termos como "pode", "probabilidade", "favorece" para identificar a alternativa correta.
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