Leia atentamente o fragmento de texto que
segue:
“É que com o uso generalizado dos combustíveis
fósseis se está devolvendo à atmosfera
substâncias químicas que o próprio petróleo e
carvão, enquanto fósseis, abrigam em seus
corpos. Assim, o carbono, que com a ajuda da
fotossíntese havia sido feito corpo vivo,
depositado a grandes profundidades, submetido
a enormes pressões e temperaturas durante um
tempo que se conta em milhões de anos (tempo
geológico), tornou-se carvão e petróleo que,
hoje, explodimos (motor a explosão) e, assim,
devolvemos à atmosfera aquilo que dela havia
sido retirado.”
PORTO-GONÇALVES, Carlos W. A globalização da natureza e
a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2006. p. 328.
Com base na reflexão que o autor realiza acerca
da origem geológica dos combustíveis fósseis e
da sua apropriação econômica, base das mais
variadas cadeias produtivas da sociedade
industrial, indique qual das afirmações que
seguem está INCORRETA:
Gabarito comentado
Resposta correta (alternativa INCORRETA): A
Tema central: impactos ambientais do uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural), sua origem geológica e consequências atmosféricas — assunto clássico em prova de Geografia/Meio Ambiente. É necessário entender emissões (CO2, SO2, NOx, CH4), origem dos combustíveis e causas do buraco da camada de ozônio.
Resumo teórico e fontes: Combustíveis fósseis formaram-se por matéria orgânica soterrada por milhões de anos em bacias sedimentares; sua queima libera CO2 contribuindo para o aquecimento global (IPCC, relatórios AR5/AR6). Carvão geralmente emite mais CO2 e partículas por unidade de energia que gás natural; gás natural (principalmente metano) queima mais limpo, com menos SO2 e partículas, mas fugas de metano agravam efeito estufa (IPCC). A destruição da camada de ozônio é historicamente ligada a halocarbonetos (CFCs) e similares — controlados pelo Protocolo de Montreal — não à queima de gás natural (UNEP/WHO).
Justificativa da alternativa A (por que é INCORRETA): A afirmação mistura fatos falsos. Na realidade, o carvão é mais poluente que o gás natural em termos de CO2 por unidade de energia; portanto a parte que diz “o carvão ... libera menos dióxido de carbono” está errada. Além disso, o gás natural não é agente da destruição da camada de ozônio; a destruição do ozônio estratosférico relaciona-se a compostos halogenados (CFCs, halons), não à combustão de hidrocarbonetos.
Análise das demais alternativas:
B — Correta. Descreve corretamente a origem do petróleo: acúmulo de matéria orgânica em ambientes marinhos/lagunares das bacias sedimentares, principalmente durante eras como o Mesozoico.
C — Correta. Queima de fósseis altera o sistema atmosférico (aumento de GEE) e pode desencadear impactos como derretimento de geleiras e efeitos em ecossistemas (conforme IPCC).
D — Correta. Chuva ácida decorre principalmente da emissão de óxidos de enxofre (SO2) e de nitrogênio (NOx), associados especialmente à queima de carvão e combustíveis industriais; também causa deposição ácida e danos a ecossistemas.
E — Correta. O aquecimento global é um debate central do século XXI e tem levado países a revisar suas matrizes energéticas em favor de fontes menos emissoras (renováveis, eficiência energética).
Dica de prova: Procure por incongruências: termos absolutos ou confusão entre poluentes (por ex., confundir ozônio estratosférico com poluentes troposféricos). Lembre-se: “gás natural = menos CO2 que carvão por kWh” é uma regra prática, mas considere também vazamentos de metano em análises completas.
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