O crescente emprego de máquinas e a divisão do trabalho despojam o trabalho do operário
de seu caráter autônomo. O produtor passa a ser um simples apêndice da máquina e só se
requer dele a operação mais simples, mais monótona, mais fácil de aprender.
MARX, K.; ENGELS, F. Burgueses e proletários. In: FERNANDES, F. (Org.). K. Marx, F. Engels:
História. São Paulo: Ática, 1989.
Comparado ao artesanal, o tipo de trabalho descrito no texto caracteriza-se pela
O crescente emprego de máquinas e a divisão do trabalho despojam o trabalho do operário de seu caráter autônomo. O produtor passa a ser um simples apêndice da máquina e só se requer dele a operação mais simples, mais monótona, mais fácil de aprender.
MARX, K.; ENGELS, F. Burgueses e proletários. In: FERNANDES, F. (Org.). K. Marx, F. Engels: História. São Paulo: Ática, 1989.
Comparado ao artesanal, o tipo de trabalho descrito no texto caracteriza-se pela
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
1. Tema central
O enunciado trata da transformação do trabalho com a máquina e a divisão do trabalho: perda de autonomia do operário e execução de tarefas simples e repetitivas. Esse tema pertence à crítica marxiana sobre industrialização e à análise da divisão social do trabalho.
2. Resumo teórico
Na produção artesanal o trabalhador executa várias etapas do processo e tem autonomia e domínio técnico. Com a maquinaria e a divisão do trabalho (Adam Smith: fábrica dos alfinetes) surge a fragmentação das tarefas. Marx destaca a alienação: o trabalhador torna‑se apêndice da máquina, realizando apenas operações manuais e repetitivas, enquanto o planejamento e o controle passam a ser exercidos por outros (patrões, técnicos, engenheiros).
Fontes: K. Marx & F. Engels (crítica à alienação); Adam Smith (divisão do trabalho). Para aprofundar: Marx, "O Capital"; Engels, "A situação da classe trabalhadora".
4. Justificativa da alternativa D
A alternativa D — separação das atividades manuais e intelectuais — resume exatamente o efeito descrito: o trabalhador perde atividades intelectuais de organização e fica restrito à execução manual simples e monótona. Isso é consistente com a crítica marxista à industrialização.
5. Análise das alternativas incorretas
A — flexibilização de jornadas e funções: trata-se de relações trabalhistas, não da característica essencial do tipo de trabalho descrito; não é o foco do texto.
B — conservação da lógica manufatureira: manufatura (trabalho articulado por operários especializados) difere da produção mecanizada; a passagem é justamente para a lógica fabril/mecanicista, não à conservação da manufatura.
C — organização de sindicatos independentes: é uma resposta social possível, mas não descreve a característica do trabalho apontada no trecho.
6. Estratégia para interpretação
Procure palavras‑chave: "apêndice da máquina", "operação mais simples, monótona" → indica perda de autonomia e divisão entre pensamento e execução. Elimine opções que tratam de consequências sociais (sindicatos) ou de mudanças contrárias (manufatura).
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