INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as afirmações sobre a herança genética.

I. Em um caso de monoibridismo com dominância completa, espera-se que, em um cruzamanto entre heterozigotos, as proporções genotípicas e fenotípicas sejam, respectivamente, 1:2:1 e 3:1.

II. Em um cruzamento entre heterozigotos para um par de genes, considerando um caso de “genes letais”, no qual o referido gene é dominante, as proporções genotípicas e fenotípicas não serão iguais.

III. No cruzamento entre diíbridos, podemos encontrar uma proporção fenotípica que corresponde a 12:3:1, o que configura um caso de epistasia recessiva.

Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)

Resposta correta: A — I, apenas.

Tema central: Herança mendeliana (monoibridismo), efeitos de alelos letais e epistasia em cruzamentos dihíbridos. Conceitos fundamentais: razões genotípicas/fenotípicas clássicas (Mendel), como alelos letais alteram a observação de proporções e os diferentes tipos de epistasia que modificam 9:3:3:1.

Resumo teórico rápido: Monoibridismo com dominância completa: cruzamento Aa × Aa gera genótipos 1 AA : 2 Aa : 1 aa e fenótipos 3 dominantes :1 recessivo — portanto I está correta (coeficiente 1:2:1 genotípico e 3:1 fenotípico). Fonte: Campbell & Reece; Griffiths et al.

Alelos letais: um alelo letal altera as proporções porque indivíduos que carregam a combinação letal não sobrevivem até a observação. Importante distinguir: "letal recessivo" (ex.: AA inviável; causa relação fenotípica 2:1 entre sobreviventes) e "letal dominante" (se letal já em heterozigoto, indivíduos não sobrevivem e não podem ser pais viáveis).

Por que II está incorreta: a afirmação assume um cruzamento entre heterozigotos quando o alelo letal é dominante. Se o alelo dominante realmente causa letalidade no heterozigoto, esses heterozigotos não sobreviveriam para cruzar — logo o cenário proposto é inviável. Se o autor quisesse falar de letalidade apenas em homozigose, isso seria um letal recessivo, não dominante. Portanto II é incorreta por premissa inadequada ou ambígua.

Por que III está incorreta: a proporção fenotípica 12:3:1 é característica de epistasia dominante (um alelo dominante em um locus mascara fenótipos do outro), não de epistasia recessiva. Epistasia recessiva costuma gerar 9:3:4. Ex.: epistasia dominante — 12:3:1; epistasia recessiva — 9:3:4. Referência: livros de genética (Griffiths; Hartl & Jones).

Estratégias para a prova: desenhe quadros de Punnett para ver genótipos; identifique se o termo "dominante" refere-se à expressão fenotípica ou à letalidade; memorize as proporções clássicas de epistasia (12:3:1 = dominante; 9:3:4 = recessiva; 9:7 = epistasia duplicada, etc.).

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