Leia os fragmentos textuais a seguir:

Entre os dias 12 e 24 de outubro de 2011, foram registrados nove abalos com mais de dois pontos na escala Richter, em João Câmara-RN. O maior deles ocorreu na terça-feira (24) e atingiu magnitude 2,8 na escala Richter, a qual vai até nove. A sequência foi suficiente para deixar população e autoridades em alerta.

Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2011/10/30/>. Acesso em: 10 jul. 2012. [Adaptado].

O governo do Chile pediu calma à população na madrugada desta terça-feira, 17 de abril de 2012, após um terremoto de magnitude 6,7 na escala Richter atingir o país. O tremor, ocorrido na região da cidade costeira de Valparaiso, foi seguido por um abalo secundário.

Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/04/>. Acesso em: 10 jul. 2012. [Adaptado]

Em relação à ocorrência de terremotos e considerando os dois casos referidos nos fragmentos textuais, é correto afirmar:

Alternativa correta: B

Tema central: a questão trata da relação entre localização tectônica e ocorrência de terremotos. É preciso entender o conceito de placas tectônicas e onde ocorrem os terremotos mais frequentes e de maior magnitude.

Resumo teórico (claro e progressivo):

- A litosfera é fragmentada em placas tectônicas; seus limites (divergentes, convergentes/subducção, transformantes) são regiões de grande atividade sísmica.

- Zonas de subducção (quando uma placa mergulha sob outra) geram terremotos profundos e de altas magnitudes — é o caso da costa do Chile (placa de Nazca subduzindo sob a Sul-americana).

- Em áreas internas de placa (intraplaca), como grande parte do Brasil, os terremotos são raros e, em geral, de magnitudes menores.

Fontes úteis: USGS (plate tectonics & earthquake hazards) e Serviço Geológico do Brasil — CPRM.

Justificativa da alternativa B (por que é correta):

O Chile situa-se na borda convergente entre a placa de Nazca e a placa Sul‑Americana — região clássica de subducção, responsável por alta sismicidade e terremotos frequentes e de grande magnitude. Assim, afirmar que há elevada predisposição no Chile por sua proximidade a zona de encontro de placas é conceitualmente correto.

Análise das alternativas incorretas:

A — Errada: afirma que há reduzida predisposição no Brasil devido à sua localização em uma área de encontro de placas. Na verdade, o Brasil NÃO está em borda de placas; está no interior da placa Sul‑Americana, razão da baixa predisposição. A justificativa dada mistura causa e efeito de forma incorreta.

C — Errada: relaciona magnitude baixa no Brasil à predominância do relevo de planalto. O relevo (planalto vs planície) não determina a magnitude sísmica; o fator decisivo é a tectônica (proximidade a limites de placas).

D — Errada: diz que no Chile as elevadas magnitudes decorrem de relevo de planície — incorreto. As grandes magnitudes no Chile decorrem da subducção (tectônica), não do tipo de relevo.

Dica de interpretação para provas: busque palavras-chave ligadas à tectônica (“área de encontro de placas”, “subducção”, “intraplaca”). Desconfie de alternativas que usam características superficiais (relevo) como causa primária da sismicidade.

Fontes sugeridas: USGS – Earthquake Hazards (https://www.usgs.gov/) e CPRM (https://www.cprm.gov.br/).

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