Um projeto desenvolvido em São Paulo, com tecnologia
dinamarquesa, propõe que um dos aterros da região metropolitana ganhe uma usina que será alimentada pela parte
orgânica do lixo coletado na cidade. O método importado da
Escandinávia facilita a separação das fases orgânicas e inorgânicas dos resíduos sólidos que chegam ao aterro. No caso,
há tanto o ganho econômico quanto social e ambiental.
(Eduardo Geraque. “Energia que vem do lixo”.
https://sustentabilidade.estadao.com.br, 23.10.2018. Adaptado.)
Considerando os materiais que alimentarão essa usina,
pode-se concluir que ela produzirá
Gabarito comentado
Resposta correta: B — Biogás
Tema central: Aproveitamento energético da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU). A prática mais comum em aterros que recebem material orgânico é a geração de gás por decomposição anaeróbia — o biogás — usado para produzir eletricidade, calor ou ser purificado como biometano.
Resumo teórico (claro e progressivo):
Matéria orgânica + ausência de oxigênio → decomposição anaeróbia → biogás.
Composição típica do biogás: ~50–70% metano (CH4) e 30–50% dióxido de carbono (CO2), além de traços de H2S e vapor d'água. Tecnologias de separação e digestores aumentam eficiência e permitem aproveitamento energético seguro.
Fontes relevantes: Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) estimula a recuperação energética; manuais técnicos e publicações da Embrapa e agências ambientais (ex.: CETESB) detalham a produção e uso de biogás em aterros e UPGs (unidades de produção de gás).
Justificativa da alternativa correta: O enunciado refere-se à "parte orgânica do lixo" e a uma usina no aterro — cenário clássico de digestão/atração de biogás. Projetos com tecnologia europeia em aterros visam coletar o gás gerado pela decomposição anaeróbia e convertê‑lo em energia, logo a resposta lógica e tecnicamente correta é biogás.
Análise das alternativas incorretas:
- A — Etanol: produzido por fermentação de açúcares de culturas específicas (cana, milho); não é a via típica para a fração orgânica heterogênea de RSU em aterros.
- C — Hidrocarboneto: termo genérico; embora processos termoquímicos possam gerar combustíveis similares a hidrocarbonetos, não é a tecnologia descrita nem a conclusão imediata para usinas em aterros municipais.
- D — Biodiesel: feito por transesterificação de óleos vegetais e gorduras — exigiria coleta e tratamento específico de óleos, não corresponde ao aproveitamento direto da fração orgânica residual.
- E — Hidrogênio: requer processos energéticos (reforma, eletrólise) e não é produto direto da decomposição de lixo em aterros; seria um passo adicional e incomum nesse contexto.
Dica para provas: ao ver "parte orgânica do lixo" + "usina/aterro", associe imediatamente a digestão anaeróbia → biogás. Palavras‑chave eliminam alternativas aparentes (etanol, biodiesel, hidrogênio) que exigem processos e insumos diferentes.
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