Um problema crescente no Brasil,
inclusive em cidades interioranas, é a
dependência química do crack. O crack é um
subproduto do processamento da cocaína que
afeta o sistema nervoso central.
Sobre o crack, marque a alternativa
correta.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema — por que isso importa
O tema trata do crack (cocaína em forma “base”) e do modo de consumo/efeito. É relevante em saúde pública porque o crack é altamente psicoativo, provoca dependência rápida e tem grande impacto na qualidade de vida das populações.
Resumo teórico breve e progressivo
- O crack é a forma “base” da cocaína obtida a partir do cloridrato de cocaína por processamento químico (bicarbonato de sódio ou amônia) — não é uma substância farmacologicamente pura.
- Quando aquecido no cachimbo, a pedra libera vapores que são inalados; as partículas atingem os alvéolos pulmonares e passam rapidamente para a corrente sanguínea, alcançando o cérebro e ativando o sistema de recompensa (via mesolímbica de dopamina), o que explica a forte dependência. Fontes: Ministério da Saúde (Protocolo e Diretrizes – atenção a pessoas com transtornos por uso de crack, 2013); UNODC/WHO (relatórios sobre cocaína).
Justificativa da alternativa correta (C)
A alternativa C afirma que, ao aquecer a pedra de crack no cachimbo, ela passa para a fase gasosa. Isso está correto no sentido funcional: o aquecimento provoca vaporização do princípio ativo, formando fumaça/vapor que é inalado e absorvido pelos pulmões. Algumas provas usam o termo sublimação, embora o termo técnico mais preciso seja vaporização/vaporação. O ponto central usado pelo exame é que o crack é fumado e transformado em vapor para inalação.
Análise das alternativas incorretas
A — Incorreta. A ordem anatômica correta do trato respiratório é: boca/faringe → laringe → traqueia → brônquios → bronquíolos → alvéolos. A alternativa apresenta ordem equivocada (coloca brônquios antes da traqueia e bronquíolos após alvéolos).
B — Incorreta. O crack não é “substância pura”; é obtido por processamento da cocaína e contém impurezas/resíduos do processo, além da base da cocaína.
D — Incorreta. O ópio é a fonte de morfina e heroína (opiáceos); não tem relação com a origem química do crack, que deriva da planta Erythroxylum coca (cocaína).
E — Incorreta. A dependência do crack decorre de alterações no sistema nervoso central (via dopaminérgica mesolímbica), não por “armazenamento de informações” no sistema nervoso periférico ou nervos motores.
Dicas de prova
- Procure palavras-chave: “fumado”, “inalação”, “fase gasosa” sugerem vaporização.
- Verifique sequências anatômicas conhecidas (podem ser armadilhas).
- Elimine alternativas com conceitos fisiológicos ou de origem vegetal claramente incompatíveis (ex.: ligar crack ao ópio).
Fontes úteis: Ministério da Saúde (Protocolo 2013), UNODC e WHO – relatórios sobre cocaína/crack e dependência.
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