Registros fósseis indicam que as pteridófitas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de
anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era, em grande parte, dominada por pteridófitas de grande porte. Estas
chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores. Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de
pteridófitas. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento,
cujas folhas possuem mais de 5 metros!
Pteridófitas: características e reprodução. Educação Uol, 23 set. 2009. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/pteridofitas-caracteristicas-ereproducao.htm. Acesso em 25 de jul. 2018.
O texto acima reporta a uma característica exibida pelas pteridófitas, não evidenciada em briófitas, que se deve
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: diferença entre pteridófitas (plantas vasculares sem sementes) e briófitas (musgos e hepáticas). A questão explora por que muitas pteridófitas conseguem atingir grande porte — atributo que não é observado nas briófitas.
Resumo teórico: as pteridófitas possuem tecido vascular (xilema e floema). O xilema conduz água e íons desde as raízes até as folhas; o floema distribui açúcares. Esses tecidos permitem transporte eficiente e sustentação, possibilitando crescimento em altura e em comprimento. Já as briófitas carecem de um sistema vascular bem desenvolvido e, por isso, são pequenas e dependem de difusão e capilaridade para transporte interno (Campbell & Reece; Raven et al.).
Justificativa da alternativa D: “ao transporte mais rápido de substâncias para regiões distantes das raízes.” É correta porque o desenvolvimento de xilema e floema nas pteridófitas aumenta muito a velocidade e a eficiência do transporte de água, minerais e fotoassimilados, permitindo que partes distantes das raízes recebam recursos — condição necessária para formar estruturas muito grandes (folhas longas, caules elevados).
Análise das alternativas incorretas:
A) Folhas mais largas: embora muitas pteridófitas tenham folhas grandes, a largura foliar isoladamente não explica o grande porte; além disso, briófitas podem ter estruturas laminares, mas em pequena escala. O fator determinante é o sistema vascular, não apenas largura foliar.
B) Rizoma subterrâneo: alguns pteridófitas possuem rizomas, mas rizomas não são exclusivos nem universais; e a presença de rizoma não explica crescimento em altura — é uma adaptação de tipo de caule, não do transporte a longas distâncias.
C) Raízes adventícias: pteridófitas têm raízes verdadeiras (não apenas adventícias em todos os casos). Mesmo que tenham raízes adventícias, a presença dessas raízes não é o fator principal para alcançar grandes alturas; o imprescindível é o tecido vascular que permite transporte eficiente.
E) Troncos recobertos de súber: súber (córtex de cortiça) é característica de plantas lenhosas com periderme (angiospermas/ gimnospermas) e do câmbio suberoso; a maioria das pteridófitas não forma um verdadeiro tronco com súber como nas árvores com crescimento secundário. Assim, essa alternativa é inadequada.
Estratégia para provas: ao ver “chegavam a medir 8 m” pergunte: que estrutura possibilita grande porte? Procure por termos relacionados a transporte e sustentação (xilema/floema). Elimine alternativas que descrevem características não exclusivas ou secundárias.
Fontes sugeridas: Campbell & Reece, Biologia; Raven, Evert & Eichhorn, Biologia Vegetal.
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