Machos transgênicos de Aedes aegypti, dotados de espermatozoides defeituosos, foram recentemente desenvolvidos pelo
Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e poderão ser produzidos em escala-piloto no próximo ano.
Devido ao defeito introduzido em seus espermatozoides, os ovos resultantes da cópula são inviáveis, contribuindo para a
diminuição da população do mosquito.
Mosquito transgênico pode ser peça-chave no combate às arboviroses. Agência FAPESP, São Paulo, 21 jun. 2018. Disponível em:
http://agencia.fapesp.br/mosquito-transgenico-pode-ser-peca-chave-no-combate-as-arboviroses/28078/. Acesso em 31 de jul. 2018.
Nesse sentido, caso os pesquisadores tenham sucesso em controlar a população de Aedes aegypti por meio dessa tecnologia
e a utilizem para obter pernilongos transgênicos ou mesmo mosquitos transgênicos pertencentes a outras espécies
veiculadoras de doenças, poderemos ter um reforço no combate da
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: controle de vetores por modificação genética (macho transgênico estéril) e relação com doenças transmitidas por dípteros vetoriais. É preciso distinguir quais agentes patogênicos são veiculados por diferentes insetos (mosquitos Anopheles, Culex, Aedes, e outros dípteros como flebotomíneos).
Resumo teórico progressivo:
- Técnicas como a liberação de machos estéreis/transgênicos visam reduzir populações do vetor e, assim, a transmissão de doenças (princípio do SIT e variantes genéticas).
- Importante: diferentes doenças têm vetores específicos. Para avaliar alternativas, identifique o vetor de cada doença citada.
Justificativa da letra B: malária (transmitida por mosquitos do gênero Anopheles), filariose linfática (Wuchereria bancrofti e outros, transmitidos por Culex/Anopheles/Aedes conforme região), leishmaniose (transmitida por flebotomíneos — mosquitos do tipo "mosquito-palha", diptera vetorial diferente, mas passível de estratégias de controle vetorial) e febre do Nilo Ocidental (arbovirose transmitida principalmente por Culex). Ou seja, todas são doenças cuja dinâmica pode ser afetada por controle genético de diferentes dípteros vetores. Fontes: WHO fact sheets (malaria, lymphatic filariasis, leishmaniasis, West Nile virus).
Análise das alternativas incorretas (pegadinhas):
- A: inclui doença de Lyme — transmitida por carrapatos (Ixodes), não por mosquitos. Portanto, impossível de reduzir com controle de mosquitos.
- C: inclui febre maculosa — também transmitida por carrapatos, não por mosquitos; apesar de febre amarela e malária serem mosquiteiras, a presença da doença transmitida por carrapato anula a alternativa.
- D: inclui tifo — geralmente ligado a piolhos ou pulgas (dependendo do tipo), não a mosquitos; assim, alternativa inválida.
- E: inclui Doença de Chagas — transmitida por triatomíneos (percevejos), não por mosquitos; portanto incorreta.
Estratégia para enunciados similares: ao ler as alternativas, marque mentalmente o vetor conhecido de cada doença. Se alguma doença for transmitida por artrópode diferente de mosquito (carrapato, barbeiro, piolho), descarte rápido a alternativa. Foco em vetores principais: Aedes (dengue/zika/chikungunya/febre amarela urbana), Anopheles (malária), Culex (filariose em muitas áreas, West Nile), flebotomíneos (leishmaniose).
Fontes úteis: WHO — fact sheets sobre malaria, lymphatic filariasis, leishmaniasis e West Nile (https://www.who.int).
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