“A globalização é o atual momento da expansão capitalista. Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo informacional assim como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, o lucro, o que de fato move os capitais, tanto produtivos quanto especulativos, no mercado mundial [...]”
MOREIRA, João Carlos Moreira & SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007. p. 175.
No Brasil, a expansão capitalista trouxe muitas mudanças, dentre elas:
MOREIRA, João Carlos Moreira & SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007. p. 175.
No Brasil, a expansão capitalista trouxe muitas mudanças, dentre elas:
Gabarito comentado
Tema central: A questão trata dos efeitos da globalização e da expansão capitalista sobre a economia brasileira — em especial políticas cambiais, abertura comercial, privatizações e mudanças no mercado de trabalho. Compreender relações entre taxa de câmbio, comércio exterior e desemprego é essencial.
Resumo teórico (sucinto): A globalização contemporânea está ligada à liberalização financeira e comercial e à crescente circulação de capitais produtivos e especulativos (Moreira & Sene, 2007). Uma política cambial que mantém a moeda relativamente valorizada favorece importações e torna exportações menos competitivas, pressionando indústrias domésticas — resultando em redução da produção e aumento do desemprego estrutural. Estudos do IBGE e literatura de economia do desenvolvimento mostram que desvalorização estimula exportações; valorização tem o efeito oposto.
Por que A está correta: descreve precisamente o efeito de políticas cambiais favoráveis a importadores (moeda valorizada/abertura sem proteção): queda nas vendas de empresas nacionais, retração da produção e aumento do desemprego. Esse processo foi observado nas fases de liberalização econômica do Brasil nas décadas recentes.
Análise das alternativas incorretas:
B — Errada. Aumento de tarifas alfandegárias tende a proteger a indústria nacional, não a “refletir na abertura de muitas empresas nacionais e na elevação das taxas de emprego”. Além disso, a tendência histórica recente foi de redução tarifária, acompanhada de abertura comercial.
C — Errada. Privatizações transferiram controle ao capital privado, mas a afirmação de “apenas 10% das ações” é imprecisa. Em muitos casos vendas envolviam participação majoritária ou controle efetivo; a alternativa traz número arbitrário e distorce o processo.
D — Errada. O avanço do setor bancário e da informatização aumentou produtividade e serviços, mas também automatizou tarefas (caixas eletrônicos, internet banking), reduzindo necessidades de contratação em certos segmentos — não gerando necessariamente forte elevação de emprego bancário.
E — Errada. O “desemprego estrutural” refere-se ao desemprego persistente por inadequação entre oferta e demanda de trabalho; ele aumenta o desemprego, não “aumenta postos de trabalho” ou favorece inclusão social. A alternativa contradiz o conceito.
Dica de interpretação para concursos: identifique termos técnicos (câmbio valorizado/desvalorizado, desemprego estrutural, tarifas) e cheque coerência lógica entre causa e efeito. Desconfie de números absolutos sem referência e de alternativas que invertam conceitos básicos.
Fontes: Moreira & Sene (Geografia Geral e do Brasil, 2007); dados e análises do IBGE e literatura sobre liberalização comercial e câmbio.
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