Na espécie de abóbora Cucurbita pepo, a forma do fruto pode ser esférica ou discoide e pode também
ocorrer uma variação na cor, apresentando cor de abóbora ou branco-amarelada. O cruzamento de
plantas que têm frutos de forma esférica e cor de abóbora, com plantas de frutos de forma discoide
e cor branco-amarelada, resultou em uma F1 com o fenótipo discoide e cor de abóbora.
O cruzamento das plantas da geração F1 produziu uma F2 com 224 indivíduos, com os seguintes
fenótipos: 126 discoides e cor-de-abóbora; 42 discoides e cor branco-amarelada; 40 esféricas e corde-abóbora; 16 esféricas e branco-amarelada.
Considerando a proporção fenotípica em F2, é correto afirmar que
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: herança mendeliana de duas características (forma e cor do fruto) e segregação independente — conceito essencial para interpretar razões fenotípicas em F2 (concursos cobram muito a lei da segregação e a lei da distribuição independente).
Resumo teórico: em um cruzamento dihíbrido com alelos com dominância simples e segregando independentemente, a F2 tende a apresentar a proporção fenotípica 9:3:3:1 (9 duplo dominante : 3 dominante/Recessivo : 3 Recessivo/dominante : 1 duplo recessivo). Essas leis vêm de Mendel (1865) e são discutidas em textos de genética (ex.: Snustad & Simmons, Principles of Genetics).
Raciocínio e justificativa da alternativa C: - Total F2 = 224. Somando por característica: forma — discoide = 126+42 = 168; esférica = 40+16 = 56 → razão 168:56 = 3:1. cor — cor-de-abóbora = 126+40 = 166; branco‑amarelada = 42+16 = 58 ≈ 3:1 (esperado 168:56 em 3:1). - Para os quatro fenótipos: 126 : 42 : 40 : 16 ≈ 9 : 3 : 3 : 1 (valores esperados 126, 42, 42, 14 para 224 indivíduos). A proximidade indica um dihíbrido com segregação independente. - Conclusão: os genes que condicionam forma e cor segregam independentemente → alternativa C correta.
Análise das alternativas incorretas: A — Alelos múltiplos: não há indicação de múltiplos alelos (razões são 3:1 por caráter), logo errado. B — Codominância: na codominância haveria expressão simultânea das duas variantes no heterozigoto; aqui observam-se fenótipos dominantes/recessivos claros, não codominância. D — F1 homozigotos dominantes: se F1 fossem homozigotos dominantes não haveria segregação em F2; porém observamos variedade em F2 consistente com F1 heterozigotos (Dd Oo). E — Expressividade variável: expressividade afeta intensidade do fenótipo entre indivíduos com mesmo genótipo, não explica proporções mendelianas observadas.
Dica de resolução: ao ler enunciado, some fenótipos por caráter (linhas e colunas da tabela implícita), compare com 3:1; depois verifique a combinação dos quatro fenótipos para 9:3:3:1. Pequenas diferenças são aceitáveis por variação amostral.
Referências: Mendel (1865); Snustad & Simmons, Principles of Genetics.
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