Considere as afirmativas abaixo.

I. O Estado é verdadeiramente poderoso se for rico.

II. Para enriquecer, o Estado precisa expandir as atividades econômicas capitalistas.

III. Para expandir as atividades capitalistas, o Estado precisa dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.

Essas afirmações estão inseridas em um conjunto de ideias, que ficou conhecido como

Alternativa correta: D - Liberalismo Econômico

Tema central: ideias sobre o papel do Estado e da liberdade econômica no aumento da riqueza nacional — conhecimento típico de Geografia Econômica e História do Pensamento Econômico.

Resumo teórico (claro e progressivo): o liberalismo econômico (clássico) defende que a prosperidade nasce da iniciativa privada, da propriedade, do mercado livre e da redução da intervenção estatal. Autores-chave: John Locke (direito à propriedade) e Adam Smith (A Riqueza das Nações, 1776) — mercado e liberdade incentivam acumulação de riqueza e poder nacional. O Estado tem função limitada: garantir segurança, contratos e condições para o funcionamento dos mercados.

Por que a alternativa D é correta: as três afirmativas enfatizam que (1) riqueza confere poder ao Estado, (2) enriquecer implica expandir atividades capitalistas e (3) para isso o Estado deve permitir liberdade econômica e política a grupos privados. Esse encadeamento é típico do liberalismo econômico, que liga prosperidade nacional à liberdade de atuação dos agentes privados e à expansão capitalista via mercado.

Análise das alternativas incorretas:

A - Mercantilismo: embora valorize riqueza nacional e poder do Estado, o mercantilismo pressupõe forte intervenção, proteção e controle estatal (tarifas, monopólios, colonialismo) — não a liberdade econômica para grupos particulares. Por isso não casa com a III afirmativa.

B - Socialismo Utópico: autores como Owen e Fourier criticavam o capitalismo e propunham comunidades cooperativas; não defendem a expansão capitalista nem liberdade política/econômica para fortalecer grupos privados. Logo, incompatível.

C - New Deal: conjunto de políticas keynesianas de intervenção estatal e regulação nos EUA (década de 1930) — reforça papel ativo do Estado para corrigir o mercado, não a liberalização absoluta que as afirmativas implicam.

E - Capitalismo Industrial: refere-se a uma fase histórica/econômica (industrialização), não a um corpo doutrinário que prescreve explicitamente que o Estado deve dar liberdade política/econômica para os grupos privados como condição de enriquecimento estatal. Assim, não é a melhor opção.

Dica de prova: procure palavras-chave: "liberdade econômica/política", "expandir atividades capitalistas" → pistas fortes para liberalismo. Elimine alternativas que defendem forte controle estatal (mercantilismo, New Deal) ou que rejeitam o capitalismo (socialismo utópico).

Fontes sugeridas: Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776); textos introdutórios sobre mercantilismo e liberalismo em manuais de História do Pensamento Econômico.

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