Com a dependência crescente por bens de consumo e o aumento da pressão sobre os recursos naturais, a relação crescimento econômico e desenvolvimento com sustentabilidade é praticamente impossível no sistema capitalista, no qual estamos inseridos. Assim, destaca-se na atualidade a importância assumida pelo parâmetro da sustentabilidade como condição para a permanência e a duração de determinada sociedade.

(Tereza C. Aguiar. Planejamento ambiental, 2016.)

A sustentabilidade, no sentido exposto pelo excerto, propõe

Resposta correta: E — utilização responsável dos recursos naturais

Tema central: sustentabilidade ambiental aplicada ao desenvolvimento. Trata-se de conciliar uso de bens naturais com a manutenção da capacidade desses sistemas de suprir necessidades futuras — conceito-chave em geografia para concursos.

Resumo teórico: a definição clássica é da Comissão Brundtland (1987): “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras”. Sustentabilidade envolve três pilares: ambiental, econômico e social. Princípios práticos: uso dentro da capacidade de renovação, eficiência, internalização de custos ambientais e equidade no acesso. Fontes úteis: Relatório Brundtland (1987), Agenda 21 (UNCED, 1992) e Constituição Federal, art. 225 (direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado).

Por que a alternativa E está correta: a sustentabilidade, conforme o excerto, não propõe abandono do uso dos recursos nem privilégio a grupos, mas sim um uso responsável — gestão que permite a permanência e duração da sociedade. “Utilização responsável” sintetiza esse equilíbrio entre uso e conservação.

Análise das alternativas incorretas:

A — uso de recursos externos: distração. Depender de externas não é princípio de sustentabilidade; pode aumentar vulnerabilidade.

B — racionamento aos países pobres: incorreto e injusto; sustentabilidade busca justiça inter- e intrageracional, não penalizar grupos vulneráveis.

C — sobrepreço de não-renováveis: instrumentos econômicos (taxas, preços) existem, mas “sobrepreço” não define sustentabilidade.

D — preservação integral e não uso: extremo inadequado. Áreas de preservação são necessárias, mas sustentabilidade admite uso sustentável, não proibição total.

Dica de prova: busque termos que indiquem equilíbrio (responsável, sustentável). Desconfie de alternativas extremas (sempre/sem, integral, exclusivo) — frequentemente são pegadinhas.

Referências rápidas: Relatório Brundtland (1987); Agenda 21 (1992); CF/88, art. 225.

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