Para produzir uma linhagem de plantas homozigotas no menor tempo possível visando ao melhoramento vegetal, que sistema de cruzamento deve ser empregado?

Resposta correta: Alternativa B — Autofecundação

Tema central: obtenção rápida de linhagens homozigotas em melhoramento vegetal. Exige entendimento de como a reprodução (autofecundação vs. cruzamentos) altera a heterozigosidade e a composição genética das populações.

Resumo teórico (essencial): Na autofecundação (autogamia) um indivíduo (planta) fecunda-se com sua própria pólen/óvulo. Isso aumenta a frequência de indivíduos homozygotos a cada geração: a proporção de heterozigotos é reduzida à metade a cada geração de autopolinização (Hn = H0·(1/2)^n). Assim, em poucas gerações obtém‑se alta homozigosidade (ex.: após 6 gerações H ≈ 1/64 ≈ 1,6% — >98% loci já homozygotos). Fontes: Falconer & Mackay, Introduction to Quantitative Genetics; Allard, Principles of Plant Breeding.

Por que B é correta: A questão pede o método que produz uma linhagem homozigota no menor tempo possível entre as opções listadas. A autofecundação, ao reduzir rapidamente a heterozigosidade por geração, é o procedimento clássico e eficiente para fixar alelos e criar linhas inbred em poucas gerações — exatamente o objetivo do enunciado.

Análise das alternativas incorretas:

A — Clonagem: gera indivíduos geneticamente idênticos (uniformes), mas se o genitor for heterozigoto a clonagem preserva essa heterozigosidade. Não transforma um genótipo em homozygoto.

C — Cruzamento entre irmãos: aumenta consanguinidade, porém a redução da heterozigosidade é mais lenta e menos previsível que na autofecundação.

D — Cruzamentos entre primos: ainda mais lentos para fixar alelos; pouca eficiência para criação rápida de linhas homozygotas.

E — Cruzamentos aleatórios: mantêm ou aumentam a heterozigosidade e são contrários ao objetivo de gerar homozigose rápida.

Dica de prova: ao ver “menor tempo possível” associe imediatamente ao processo que fixa alelos mais rapidamente. Cuidado com “clonagem” — confunde uniformidade fenotípica com homozigosidade genética.

Referências sucintas: Falconer & Mackay, Introduction to Quantitative Genetics; Allard, Principles of Plant Breeding; Fehr, Principles of Cultivar Development.

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