Entre as “economias de transição” a China é destaque na absorção da economia de mercado. Com base nesse fragmento de texto escreva F ou V para as proposições que tratam da China atual, conforme sejam Falsas ou Verdadeiras.

( ) A partir da década de 1980, as empresas chinesas receberam técnicas e investimentos das economias desenvolvidas. Em contrapartida, as economias desenvolvidas foram agraciadas com incentivos governamentais, mão de obra disciplinada e um grande mercado consumidor.

( ) As empresas chinesas que, até o final da década de 1970, produziam com cotas preestabelecidas pelos planos econômicos, passaram a levar em conta a Lei da oferta e da procura.

( ) Os “expatriados” chineses, ricos comerciantes e banqueiros que vivem como imigrantes em outros países como no leste e no sudeste da Ásia, não tiveram interesse de investir em sua Pátria de origem.

( ) O grande problema desse crescimento econômico é o aprofundamento das desigualdades regionais. O interior do país permanece pobre com baixos níveis de renda e de consumo, enquanto na faixa litorânea encontra-se a NOVA CHINA, com alto padrão de renda e de consumo e uma intensa modernização industrial.

A alternativa que apresenta a sequência correta é

Alternativa correta: A — V V F V

Tema central: Transição econômica da China: reformas iniciadas no final dos anos 1970/1980 (Deng Xiaoping), abertura a capitais estrangeiros, criação de Zonas Econômicas Especiais (ex.: Shenzhen) e consequências socioespaciais (desigualdades regionais).

Resumo teórico (essencial): as reformas chinesas combinaram liberalização parcial de mercados, atração de IDE e modernização industrial sem abandonar o papel central do Estado. Isso gerou rápido crescimento, entrada de tecnologia e mercados para empresas estrangeiras, forte participação de empresários chineses do exterior e acentuadas diferenças entre litoral dinâmico e interior ainda em atraso. (Fontes: Barry Naughton, The Chinese Economy; World Bank, China 2030.)

Justificativa das proposições (por que V V F V):

1ª proposição — V: a partir dos anos 1980 o país abriu-se a técnicas, capital e investimentos estrangeiros. Em contrapartida, empresas e investidores estrangeiros passaram a aproveitar mão de obra disciplinada, mercado em expansão e incentivos fiscais/legais oferecidos pelas autoridades chinesas (JV, ZES). Isso é bem documentado em estudos sobre IDE na China.

2ª proposição — V: a lógica produtiva passou gradualmente dos planos rígidos para mecanismos de mercado — preços, oferta e demanda –, especialmente para empresas fora do setor estratégico estatal; reformas agrícolas e de preços confirmam essa transição.

3ª proposição — F: a afirmação é falsa porque a diáspora chinesa (overseas Chinese) teve, de fato, papel ativo como investidores e empresários na China pós-reforma, canalizando capitais, conhecimentos e redes comerciais, especialmente no Sudeste e no litoral sul (Guangdong, Fujian).

4ª proposição — V: coerente com a literatura: o crescimento acelerado aprofundou desigualdades regionais — litoral moderno e industrializado versus interior rural com menor renda e níveis de consumo.

Análise rápida das alternativas incorretas: nenhuma das alternativas B, C, D ou E apresenta a sequência V V F V. Por exemplo, opções que colocam a 3ª como verdadeira ignoram o papel comprovado dos expatriados; opções que mudam a 4ª para F contrariam a robusta evidência sobre desigualdade regional.

Dica de prova: atente ao contexto temporal (décadas 1970–1980) e a palavras absolutas (ex.: “não tiveram interesse”) — normalmente sinalizam enunciado falso. Relacione sempre com exemplos conhecidos (ZES, Shenzhen, remessas e IDE).

Principais referências: Barry Naughton, The Chinese Economy; World Bank — China 2030 report; estudos sobre Zonas Econômicas Especiais e IDE.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!