Para preparar uma caixa de telefone celular com carregador de bateria, fone de ouvido e dois manuais de instrução, o
empregado da fábrica dispõe de apenas seis segundos. Finalizada essa etapa, a embalagem é repassada ao funcionário
seguinte da linha de montagem, o qual tem a missão de escanear o pacote em dois pontos diferentes e, em seguida,
colar uma etiqueta. Em um único dia, a tarefa chega a ser repetida até 6 800 vezes pelo mesmo trabalhador.
(blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/08/12/ Acesso em: 12.08.2013. Adaptado)
Refletindo sobre a situação exposta no texto, é correto afirmar que essa fábrica se organiza pelo sistema de produção
conhecido como
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: sistemas de produção industrial — compreender diferenças entre fordismo e toyotismo é essencial. A questão exige identificar qual sistema gera trabalho altamente repetitivo, com tempo cronometrado e divisão rígida de tarefas.
Resumo teórico (claro e progressivo):
Fordismo: desenvolvido no início do século XX (Henry Ford). Caracteriza‑se por linha de montagem, elevada mecanização, padronização, grande divisão do trabalho e produção em massa — tarefas fragmentadas e repetitivas, ritmo imposto pela fábrica.
Toyotismo (produção enxuta): desenvolvido pela Toyota; destaca flexibilidade, trabalhadores multiskilled, produção puxada (just‑in‑time), melhoria contínua (Kaizen) e menor estoque. Menos ênfase na fragmentação extrema do trabalho; busca redução de desperdícios e maior participação operacional. (Fontes: Taylor 1911; Womack, Jones & Roos, 1990)
Por que a alternativa E é correta:
O enunciado descreve operações cronometradas (6 segundos), repetição massiva (até 6.800 vezes) e tarefas específicas (colocar itens, escanear, colar etiqueta) — elementos típicos do fordismo: divisão do trabalho e mecanização que levam à repetição de tarefas. A alternativa E resume corretamente essas características.
Análise das alternativas incorretas:
- A — associa toyotismo à divisão equitativa dos lucros. Incorreto: toyotismo trata de organização produtiva (flexibilidade e eficiência), não de repartição de lucros.
- B — diz que toyotismo dá controle dos meios de produção e ritmo ao trabalhador. Errado: toyotismo envolve participação e multiskilling, mas os meios continuam pertencendo à empresa e o ritmo é coordenado pelos sistemas de produção, não pelo trabalhador individual livremente.
- C — afirma que no fordismo cada trabalhador faz todas as etapas. Contraditório: fordismo fragmenta o processo; cada operário executa uma etapa específica.
- D — sugere que no fordismo a livre iniciativa do trabalhador determina ritmo e volume. Falso: o ritmo é imposto pela linha (tempo‑máquina/esteira), não pela iniciativa individual.
Estratégia para resolver questões semelhantes: busque palavras-chave: "tempo cronometrado", "repetição", "linha de montagem", "divisão do trabalho" → sinalizam fordismo. Termos como "flexibilidade", "just-in-time", "Kaizen", "multifuncionalidade" → apontam toyotismo.
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