Do casamento de um homem com sangue tipo A+
com uma mulher
B+
, nasceu uma criança com sangue do tipo O-
.
O casal deseja saber qual a probabilidade de ter outra criança
com o mesmo fenótipo do irmão?
Gabarito comentado
Alternativa correta: B — 1/16
Tema central: genética mendeliana aplicada a dois sistemas independentes de herança: o sistema ABO e o sistema Rh. É preciso saber distinguir alelos dominantes e recessivos, determinar genótipos parentais a partir do fenótipo de um filho recessivo e multiplicar probabilidades de eventos independentes.
Resumo teórico: O tipo sanguíneo ABO é determinado por três alelos (IA, IB, i). O fenótipo O ocorre apenas no genótipo ii (recessivo). O fator Rh é controlado por um gene simples com alelo D (dominante, Rh+) e d (recessivo, Rh−); Rh− = dd. Loci diferentes são herdados independentemente, então as probabilidades multiplicam‑se.
Raciocínio e cálculo: - A presença de um filho O (ii) obriga ambos os pais a terem o alelo i → pai A é necessariamente genótipo AO e mãe B é BO. Assim, cruzamento AO × BO dá 1/4 de filhos ii (O). - A presença de um filho Rh− (dd) obriga ambos os pais a serem Dd. Cruzamento Dd × Dd dá 1/4 de filhos dd (Rh−). Como os eventos são independentes: probabilidade de O e Rh− = (1/4) × (1/4) = 1/16.
Por que as outras alternativas estão erradas: - A (1/4): considera apenas o sistema ABO (1/4 para O) e ignora o fator Rh. - C (3/16): confunde probabilidades (por exemplo, multiplicar 3/4 por 1/4), não corresponde ao cruzamento correto AO×BO. - D (3/64): valor incoerente com os cruzamentos obrigatórios; não resulta das probabilidades reais (1/4×1/4). - E (1/2): não há justificativa genética para 50% neste caso — pais obrigatoriamente heterozigotos para obter um filho recessivo, o que reduz as probabilidades a 1/4 em cada locus.
Dica de prova / estratégia: ao ver filho com fenótipo recessivo, conclua que cada pai carrega o alelo recessivo (genótipo heterozigoto se o fenótipo deles é dominante). Trate sistemas distintos separadamente e multiplique as probabilidades.
Fontes: conceitos básicos de genética mendeliana (Campbell & Reece, Biologia; Hartl & Clark, Princípios de Genética).
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