Questão 2517784b-e9
Prova:UFTM 2013
Disciplina:Geografia
Assunto:Conceitos Demográficos, População

Leia a notícia.

O Brasil reduziu a mortalidade infantil, mas ainda está em um patamar distante dos países desenvolvidos. Pelos dados das “Estatísticas do Registro Civil”, divulgadas pelo IBGE nesta segunda-feira [17.12.2012], os chamados óbitos de neonatais (precoces [recém-nascidos mortos antes de completar 7 dias de vida] e tardios [recém-nascidos mortos depois de 7 dias completos, mas antes de 28 dias completos de vida], somados), atingiram, em 2011, 68,3% do total de mortes de menores de 1 ano. Em países desenvolvidos, 90% dos óbitos concentram-se na faixa neonatal precoce. Em 2011, apenas 51,8% dos óbitos infantis registrados no Brasil foram neonatais precoces.

(www.folha.com.br. Adaptado.)


No Brasil, a mortalidade infantil, especialmente aquela classificada como tardia, está relacionada

A
à alta taxa de natalidade da população pobre e à baixa qualidade dos planos de saúde privados.
B
à baixa qualidade dos serviços nos planos de saúde privados e à restrição de acesso aos serviços de saúde pública à população de maior renda.
C
à alta taxa de natalidade da população pobre e ao acesso restrito ao sistema educacional.
D
ao acesso universal da população aos serviços de saúde privados e à distribuição desigual da infraestrutura de saneamento básico.
E
ao acesso desigual da população aos serviços de saúde e à distribuição também desigual da infraestrutura de saneamento básico.

Gabarito comentado

T
Taina VegaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: E

Tema central: mortalidade infantil e seus determinantes. A questão exige identificar fatores que explicam principalmente a mortalidade infantil tardia (após o período neonatal precoce) no Brasil — associada a condições ambientais e acesso a serviços de saúde.

Resumo teórico breve e progressivo:
Classificação: mortalidade infantil = neonatal (0–27 dias) e pós-neonatal (28–364 dias); neonatal subdivide-se em precoce (0–6 dias) e tardia (7–27 dias).
Causas: óbitos neonatais precoces estão ligados principalmente à assistência perinatal (parto, prematuridade, complicações obstétricas). Óbitos tardios e pós‑neonatais relacionam‑se mais a infecções, desnutrição, condições sanitárias e dificuldade de acesso a serviços básicos de saúde.
Fontes relevantes: IBGE, Ministério da Saúde, UNICEF/OMS sobre determinantes sociais da saúde.

Por que a alternativa E é correta?
A resposta E aponta para acesso desigual aos serviços de saúde e distribuição desigual do saneamento básico. Esses dois fatores explicam bem a mortalidade tardia/post‑neonatal no Brasil: famílias em áreas com pior infraestrutura e menor cobertura dos serviços de saúde enfrentam maior risco de doenças infecciosas, desnutrição e atraso no atendimento, principais causas de óbitos nessa faixa etária. Estudos do IBGE e dados de saúde pública mostram correlação clara entre cobertura de saneamento, atenção básica e redução da mortalidade infantil.

Análise das alternativas incorretas:
A — mistura “alta taxa de natalidade da população pobre” (não é causa direta da mortalidade tardia) e “baixa qualidade dos planos privados” (irrelacionável; óbitos infantis maiores ocorrem onde há pior acesso público).
B — foca em planos privados e em restrição de acesso dos ricos aos serviços públicos (inverossímil: é a população de menor renda que tem restrição).
C — menciona acesso restrito à educação; educação é determinante social a médio/longo prazo, mas não explica diretamente a mortalidade infantil tardia como saúde e saneamento.
D — afirma “acesso universal aos serviços de saúde privados” (afirmação falsa) e mistura com desigualdade do saneamento; primeira parte contradiz a realidade do país.

Dica de estratégia para provas: ao ver “tardia” ou “pós‑neonatal”, pense imediatamente em determinantes ambientais e acesso à atenção primária. Desconfie de alternativas que coloquem foco em planos de saúde privados ou em causas demográficas sem relação direta.

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