No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no Brasil
entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados e entre as
diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão, onde as cidades eram o
pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos migrantes que abandonavam os
grandes reservatórios de mão de obra – o Nordeste e Minas Gerais, principalmente – eram as grandes
cidades, particularmente, os grandes aglomerados metropolitanos em formação no Sudeste, entre os
quais a Região Metropolitana de São Paulo se destacava.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoBrito.pdf
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas, essencialmente, ao
No texto abaixo, o demógrafo Fausto Brito analisa o fenômeno das migrações internas no Brasil entre 1960 e 1980.
As migrações internas redistribuíam a população do campo para as cidades, entre os estados e entre as diferentes regiões do Brasil, inclusive para as fronteiras agrícolas em expansão, onde as cidades eram o pivô das atividades econômicas. Mas, o destino fundamental dos migrantes que abandonavam os grandes reservatórios de mão de obra – o Nordeste e Minas Gerais, principalmente – eram as grandes cidades, particularmente, os grandes aglomerados metropolitanos em formação no Sudeste, entre os quais a Região Metropolitana de São Paulo se destacava.
http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/anais/outros/6EncNacSobreMigracoes/ST3/FaustoBrito.pdf
De acordo com a visão do autor, as migrações internas podem ser associadas, essencialmente, ao
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B
1. Tema central
A questão trata das migrações internas no Brasil (1960–1980) e de suas consequências espaciais: deslocamento do campo para as cidades e crescimento das grandes aglomerações metropolitanas, especialmente no Sudeste. É importante relacionar migração interna com processos de urbanização e concentração populacional.
2. Resumo teórico
As migrações rurais-urbanas aumentaram a população das cidades grandes, acelerando a urbanização brasileira. Entre 1960 e 1980 ocorreu forte êxodo rural e crescimento das metrópoles (SP, RJ, etc.), fruto da atração de empregos, serviços e infraestrutura nas áreas urbanas. Fontes úteis: IBGE (Censos Demográficos) e estudos de demógrafos como Fausto Brito sobre movimentos populacionais.
3. Justificativa da alternativa correta (B)
A alternativa B afirma que as migrações estão associadas ao processo de urbanização e ao incremento da concentração populacional que formou grandes aglomerados metropolitanos — exatamente o argumento do autor: os migrantes deixaram áreas rurais e estados como Nordeste e Minas para se concentrar nas grandes cidades do Sudeste, destacando-se a Região Metropolitana de São Paulo. Portanto, B sintetiza corretamente o núcleo da análise.
4. Por que as outras alternativas estão erradas
A — Foca apenas no povoamento de novas fronteiras rurais e em cidades médias; o texto diz que, embora houvesse migração para fronteiras, o destino fundamental foi as grandes cidades, não as médias fronteiriças.
C — Afirma que foi um processo de transição demográfica e redistribuição mais equitativa; incorreto: a migração acelerou a urbanização e a concentração espacial aumentou, não uma distribuição mais igualitária.
D — Trata da mobilidade social (descolamento entre mobilidade espacial e social). Embora haja verdade social sobre exclusão urbana, o enunciado enfatiza o efeito espacial (formação de metrópoles), não a análise da mobilidade social.
E — Diz que as cidades do Nordeste e Minas funcionavam como reservatórios que transferiram cidades inteiras ao Sudeste; isso distorce: eram populações (mão de obra) que migraram para os aglomerados sudestinos, não transferência de cidades.
5. Estratégia para resolver questões similares
Leia procurando palavras-chave: "destino fundamental", "grandes cidades", "aglomerados metropolitanos", "redistribuíam do campo para as cidades". Desconfie de alternativas muito específicas (fronteiras, igualdade espacial, análise social) quando o enunciado enfatiza um processo espacial e quantitativo (urbanização/concentração).
Fontes sugeridas: IBGE — Censos Demográficos; Fausto Brito (análises sobre migrações internas); estudos de demografia urbana (UN, artigos académicos).
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