Após a descoberta do fator Rh, foi constatado que ele era responsável pela doença hemolítica do recém-nascido, também chamada de eritroblastose fetal. A possível causa dessa doença é a mãe ser

Resposta correta: Alternativa D

Tema central: eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém‑nascido) relacionada ao sistema Rh. É essencial entender como a incompatibilidade Rh entre mãe e feto gera sensibilização materna e produção de anticorpos que podem atravessar a placenta e destruir hemácias fetais.

Resumo teórico: a proteína D do sistema Rh é um antígeno presente em pessoas Rh+. Uma mãe Rh‑ (sem o antígeno D) exposta a hemácias Rh+ (por exemplo durante parto, aborto ou transfusão) pode produzir anticorpos anti‑D do tipo IgG. Essas IgG atravessam a placenta em gestações subsequentes e causam hemólise das hemácias fetais Rh+, levando à anemia fetal, icterícia grave e edema (hidropisia).

Por que a alternativa D está correta: ela descreve a situação clássica — a mãe é Rh‑ e recebe (ou é exposta a) hemácias Rh+ do feto, o que provoca a formação de anticorpos maternos anti‑D. Essas imunoglobulinas IgG passam para o feto em gestações posteriores e destroem as hemácias fetais, causando eritroblastose fetal.

Análise das alternativas incorretas:

A (mãe Rh+, pai Rh+ e filho Rh‑): não há problema imunológico — mãe Rh+ já possui o antígeno D, não formará anti‑D; não causa eritroblastose.

B (mãe Rh+, criança Rh‑ e pai Rh‑): idem A — mãe Rh+ não reage contra hemácias Rh‑; além disso, se todos são Rh‑, não há antígeno D envolvido.

C (mãe Rh_ e produzir antígenos que destroem as hemácias do filho): incorreto na formulação — a mãe Rh‑ não produz antígenos, e sim anticorpos; a frase confunde termos (antígenos ≠ anticorpos) e omite a necessidade de exposição prévia.

Estratégias de prova:

• Identifique quem produz anticorpos: sempre a mãe (sistema imune) — ela pode ser sensibilizada se for Rh‑ e o feto Rh+.
• Verifique se o enunciado mistura antígeno/anticorpo — isso costuma ser pegadinha (como em C).
• Busque sequências temporais: sensibilização ocorre numa exposição anterior; dano ao feto ocorre por anticorpos maternos IgG atravessando a placenta.

Fontes recomendadas: Guyton & Hall — Tratado de Fisiologia Médica; Robbins — Patologia; protocolos de profilaxia com imunoglobulina anti‑D (Rho(D) Ig) em manuais obstétricos e normas de saúde (Ministério da Saúde).

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!