O presidente brasileiro Michel Temer visa extinguir
monopólio estatal de mineração em área com alto
potencial de ouro e outros metais na Amazônia.
Trata-se da Reserva Nacional de Cobre e Seus
Associados (Renca). Região que fica entre o Pará e
o Amapá. A iniciativa faz parte de um pacote de
medidas na área de mineração que o Governo vem
lançando como parte do Programa de Revitalização
da Indústria Mineral Brasileira, o que inclui a
criação da Agência Nacional de Mineração (ANM);
que segundo os especialistas pode trazer graves
consequências.
Folha de São Paulo 25 AGO 2017
Diante deste contexto, é correto afirmar que essas
consequências estão evidentes na seguinte
alternativa:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: a questão trata da abertura da Reserva Nacional de Cobre e Seus Associados (RENCA) à mineração e das consequências ambientais e sociais dessa decisão. É preciso entender como áreas protegidas (unidades de conservação) e terras indígenas podem ser afetadas pela exploração mineral na Amazônia.
Resumo teórico: unidades de conservação (parques nacionais, florestas nacionais, reservas ecológicas) e terras indígenas possuem proteção legal que limita atividades predatórias. A mineração, quando liberada, tende a provocar desmatamento, poluição por mercúrio, pressão sobre populações tradicionais e fragmentação de habitats — impactos bem documentados por órgãos como ICMBio e FUNAI.
Justificativa da alternativa B: A alternativa B descreve corretamente a configuração da RENCA: a área engloba ou faz fronteira com diversas unidades protegidas e terras indígenas (parque nacional, florestas e reservas indígenas/ecológicas). Assim, a extinção do monopólio estatal e a abertura para exploração favorecem risco direto a essas unidades, sendo essa a consequência central destacada pela imprensa e especialistas (Fonte: reportagem Folha de S.Paulo, 25/08/2017; relatórios ICMBio/FUNAI).
Análise das alternativas incorretas:
A — fala em “fechamento das rodovias e madeireiras”; a medida não tem relação com fechamento de rodovias e madeireiras, e sim com maior pressão de atividades extrativas. Logo, é imprecisa.
C — afirma que o projeto “pode acabar com o garimpo legal”, prejudicando economia local; na prática, a abertura tende a aumentar atividade mineral (formal e informal), intensificando garimpo ilegal e impactos ambientais, não extingui-lo.
D — diz que “atrairá novos investimentos para núcleos urbanos barateando a exploração da terra”; é vaga e atende a um viés economicista sem abordar as ameaças socioambientais centrais — portanto não responde corretamente ao enunciado.
E — mistura efeitos (perda de apoio de ONGs) com consequências confusas; não descreve com precisão a ameaça às unidades protegidas e ao patrimônio socioambiental da RENCA.
Dica de prova: foque em termos-chave do enunciado (“Renca”, “reservas”, “ameaça”) e elimine alternativas que contenham imprecisões factuais ou enunciados vagos.
Fontes recomendadas: reportagens (Folha de S.Paulo, 25/08/2017), materiais do ICMBio e FUNAI sobre unidades protegidas e terras indígenas.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






