O sistema de mapeamento da Terra por meio das
coordenadas geográficas expressa qualquer
posição horizontal no planeta mediante duas das
três coordenadas existentes num sistema esférico
de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação
da Terra. Com a combinação dessas linhas, criam-se “endereços” específicos para cada ponto do
mundo, permitindo a sua identificação precisa.
Essas duas linhas representam o marco inicial da
contagem das latitudes e das longitudes. É a partir
das longitudes que são traçados os fusos horários.
À medida que nos deslocamos entre cada uma
dessas faixas, o horário se altera. Os fusos são
medidos em GMT, sigla para "Greenwich Mean
Time". Sobre os fusos horários são verdadeiras as
alternativas a seguir, exceto:
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — (é a afirmativa falsa no enunciado do tipo “exceto”).
Tema central: Fusos horários e o meridiano de Greenwich. É preciso saber como se determina o tempo legal a partir do meridiano de referência (Greenwich/UTC), como a Terra gira ~360° em ~24 h (15° por hora) e a convenção de que movimentos a leste acrescem horas e a oeste as reduzem.
Resumo teórico (claro e progressivo):
- O Meridiano de Greenwich foi adotado por convenção internacional (International Meridian Conference, 1884) como meridiano zero; os tempos de referência são GMT/UTC (Royal Observatory Greenwich / IERS).
- A cada 15° de longitude corresponde, teoricamente, 1 hora de diferença (360°/24h = 15°/h). Na prática, fronteiras políticas alteram os limites reais dos fusos.
- Convenção de sinal: ao leste de Greenwich o horário é adiantado (UTC+), ao oeste é atrasado (UTC−).
- No Brasil, a maioria do território situa-se a oeste de Greenwich; portanto os fusos brasileiros são horas atrás de UTC (por exemplo, Fernando de Noronha UTC−2; Brasília UTC−3; regiões amazônicas UTC−4/−5 conforme delimitações).
Por que a alternativa C está incorreta (justificação):
A alternativa afirma que o território brasileiro está a leste do meridiano de Greenwich e, portanto, tem horário adiantado em relação a ele — isto é falso. O Brasil fica majoritariamente a oeste de Greenwich; seus fusos são, portanto, atrás de GMT/UTC, não adiantados. Além disso, diz que “o primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas horas adiantadas em relação ao meridiano de Greenwich e uma hora atrasada em relação ao horário de Brasília” — contradição lógica: se fosse +2 em relação a Greenwich não faria sentido ser “atrasado” em relação a Brasília (que é −3). Logo, a afirmação contém erro na posição geográfica e nos sinais das horas.
Análise das demais alternativas (por que são verdadeiras ou parcialmente aceitáveis):
- A: Verdadeira em essência — o conceito de 24 fusos de 1 hora decorre do movimento de rotação (15°/fuso). Na prática há ajustes políticos.
- B: Contém erro factual atual — Roraima está em fuso diferente de Brasília (uma hora de diferença, normalmente UTC−4 vs UTC−3), mas o país deixou de adotar o horário de verão em 2019; portanto a justificativa de “atrasado duas horas devido ao horário de verão” é incorreta.
- D: Verdadeira — regra prática: ao oriente soma-se horas; ao ocidente subtrai-se, sempre em relação ao meridiano de referência.
- E: Verdadeira — a contagem das horas toma como referência o Meridiano de Greenwich (linha imaginária que passa por Greenwich/Londres e se projetando de polo a polo).
Fontes sugeridas: International Meridian Conference (1884); Royal Observatory Greenwich; Observatório Nacional (referência para tempo legal no Brasil); IERS/UTC para definição de tempo.
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