Os curdos formam o maior grupo étnico sem um Estado do mundo. São mais de 30 milhões reivindicando um território, chamado de Curdistão, que abrange, em sua maioria, parte do leste da Turquia, além de regiões da Armênia, do Irã, do Iraque e da Síria. Eles são um dos principais responsáveis:

pela delimitação de novas fronteiras, cobrando menores impostos sob os produtos alimentícios que entrar na região e desarticulação de acordos, com o apoio dos exércitos armados.

por operar com táticas diversas e extremistas ao povo de religião judaica, que habita o sul da Tunísia.

pela imposição radical do islamismo aos povos que vivem em territórios iraquiano, pregando a religião cristã.

por gerar conflitos com outros países, como a Sibéria e o Paquistão, que considera o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em turco) um grupo terrorista.

pelo combate ao Estado Islâmico e, por outro lado, um dos povos que mais sofre com as atrocidades do autoproclamado califado.

Gabarito comentado

Jair CaldeiraMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: E

Tema central: trata-se de Geografia Política — em especial das nações sem Estado (os curdos) e seu papel nos conflitos recentes do Oriente Médio. É preciso conhecer atores (curdos, PKK, YPG, peshmerga), o contexto da Guerra contra o Estado Islâmico (EI/ISIS) e a condição de povo que sofre violência e, ao mesmo tempo, combate grupos extremistas.

Resumo teórico breve: "Nação sem Estado" refere‑se a um grupo étnico com identidade e reivindicação territorial, mas sem soberania reconhecida. No caso curdo, essa população (≈30–40 milhões) vive principalmente na Turquia, Síria, Iraque e Irã. No conflito contra o Estado Islâmico, forças curdas (peshmerga no Iraque; YPG/Forças Democráticas na Síria) foram cruciais na defesa e libertação de territórios e sofreram graves atrocidades do califado.

Fontes úteis: artigos da Britannica sobre "Kurds"; reportagens e relatórios da Human Rights Watch e da UNHCR sobre crimes do ISIS e papel das forças curdas; cobertura da BBC sobre a luta contra o EI.

Por que a alternativa E é correta: ela afirma que os curdos combateram o Estado Islâmico e também foram vítimas das suas atrocidades — afirmativa comprovada por relatos de batalhas em Kobane (Síria), Sinjar (Iraque), e pela atuação decisiva dos peshmerga/YPG na contenção e derrota do EI. Vítimas civis curdas foram alvo de massacres, limpeza étnica e perseguição.

Por que as outras alternativas estão incorretas:

A: mistura ideias (delimitação de fronteiras e impostos) sem conexão com a realidade curda; os curdos não atuam como um Estado soberano cobrando impostos e a descrição de "apoio dos exércitos armados" é vaga e equivocada.

B: refere‑se a perseguição a judeus na Tunísia — não tem relação com o movimento curdo nem com a área geográfica dos curdos.

C: contraditória: afirma "imposição radical do islamismo ... pregando a religião cristã" — sem sentido e não descreve a luta curda; os curdos têm diversidade religiosa e muitos lutaram contra o EI, que é o oposto de "imposição cristã".

D: cita países/e regiões erradas (Sibéria não é um país) e mistura informações sobre o PKK. Embora o PKK seja considerado grupo terrorista por Turquia e por alguns países, a alternativa fala em conflitos com "Sibéria e Paquistão", o que é falso e incorreto no contexto curdo.

Estratégia para provas: procure precisão geográfica e de atores; elimine alternativas com incoerências internas, anacronismos ou locais/atores deslocados do contexto.

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