No filme Avatar, de James Cameron (20th Century Fox, 2009),
os nativos de Pandora, chamados Na’Vi, são indivíduos com
3 metros de altura, pele azulada, feições felinas e cauda que lhes
facilita o deslocar por entre os galhos das árvores.
Muito embora se trate de uma obra de ficção, na aula de biologia
os Na’Vi foram lembrados. Se esses indivíduos fossem
uma espécie real, sem parentesco próximo com as espécies
da Terra, e considerando que teriam evoluído em um ambiente
com pressões seletivas semelhantes às da Terra, a cauda dos
Na’Vi, em relação à cauda dos macacos, seria um exemplo
representativo de estruturas
No filme Avatar, de James Cameron (20th Century Fox, 2009), os nativos de Pandora, chamados Na’Vi, são indivíduos com 3 metros de altura, pele azulada, feições felinas e cauda que lhes facilita o deslocar por entre os galhos das árvores.
Muito embora se trate de uma obra de ficção, na aula de biologia os Na’Vi foram lembrados. Se esses indivíduos fossem uma espécie real, sem parentesco próximo com as espécies da Terra, e considerando que teriam evoluído em um ambiente com pressões seletivas semelhantes às da Terra, a cauda dos Na’Vi, em relação à cauda dos macacos, seria um exemplo representativo de estruturas
Gabarito comentado
Resposta correta: D — análogas, resultantes de um processo de convergência adaptativa
Tema central: distinguir estruturas homólogas versus análogas e relacionar divergência e convergência adaptativa. É fundamental saber que homologia implica ancestralidade comum; analogia implica semelhança funcional/estrutural independente por pressões seletivas semelhantes.
Resumo teórico:
Homólogas — mesmas origens evolutivas, podem divergir em função (ex.: membros anteriores de mamíferos). Resultado de divergência adaptativa.
Análogas — estruturas com função ou aparência semelhante, mas origem evolutiva independente (ex.: asa de inseto × asa de ave). Resultado de convergência adaptativa: espécies não aparentadas desenvolvem soluções parecidas diante de pressões ambientais semelhantes.
Vestigiais — estruturas herdadas de um ancestral que perderam ou reduziram função (ex.: cóccix em humanos).
Por que a alternativa D é correta?
O enunciado diz que os Na’Vi não têm parentesco próximo com espécies da Terra e evoluíram em ambiente com pressões semelhantes. Assim, a cauda dos Na’Vi e a cauda de macacos teriam origens independentes mas funções semelhantes (locomoção arbórea). Isso caracteriza análogia e se explica por convergência adaptativa.
Análise das alternativas incorretas:
A (homólogas, divergência) — exige ancestral comum; o enunciado nega parentesco próximo, logo impossível.
B (homólogas, convergência) — contradição: homólogas não resultam de convergência, mas de ancestralidade comum; convergência gera analogia.
C (análogas, divergência) — divergência está ligada à homologia; análogas decorrem de convergência, não de divergência.
E (vestigiais) — vestigial pressupõe herança de ancestral comum e perda de função; não se aplica quando as formas surgiram independentemente.
Estratégia de prova: ao ver expressões como "sem parentesco próximo" e "pressões seletivas semelhantes", imediatamente pense em convergência → estruturas análogas. Verifique se a alternativa mistura termos incompatíveis (ex.: homóloga + convergência).
Fontes sugeridas: Campbell et al., "Biologia" (cap. Evolução), Futuyma, "Evolutionary Biology".
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