Em distintas categorias taxonômicas, existe uma relação
diretamente proporcional entre o tamanho do genoma e a
complexidade do organismo. No entanto, comparações genômicas
adicionais revelam que um genoma maior nem sempre indica
maior complexidade. Muitos organismos não mais complexos que
os humanos, tais como salamandras e lírios, possuem em torno
de 40 vezes mais DNA que os seres humanos.
Isso se deve
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa E
Tema central: variação no tamanho do genoma e sua relação com a complexidade dos organismos (o chamado C‑value paradox). É importante entender diferença entre DNA codificante (genes) e DNA não codificante (repetições, introns, elementos móveis, DNA intergênico).
Resumo teórico: o tamanho do genoma (quantidade total de DNA) nem sempre reflete número de genes nem complexidade do organismo. Exemplos clássicos: salamandras e lírios têm genomas muito maiores que o humano devido a acumulação de DNA repetitivo e transposons ou a poliploidias. Em eucariotos, apenas ~1–2% do genoma humano codifica proteínas; o restante é não codificante (introns, sequências regulatórias, elementos transponíveis, DNA satélite). Fontes: Alberts et al., Molecular Biology of the Cell; Campbell Biology; projetos genômicos como ENCODE.
Justificativa da alternativa E: a melhor explicação para genomas muito maiores em organismos aparentemente menos complexos é a presença aumentada de DNA não codificante (repetições, transponíveis, grandes introns, sequências satélite). Esse acúmulo aumenta o “tamanho” do genoma sem aumentar proporcionalmente o número de genes funcionais nem a complexidade organizacional.
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada: não há evidência de que organismos com menor complexidade tenham muito maior número de genes funcionais; o número de genes varia menos que o tamanho do genoma.
B — Errada: a explicação invoca maior DNA codificante, mas genomas grandes são majoritariamente porção não codificante, não por muito mais sequências codificantes.
C — Errada: troca de nucleotídeos por mutação gera variabilidade, mas não explica aumento maciço do conteúdo genômico total; mutações pontuais não ampliam tamanho do DNA.
D — Errada: quantidade de proteínas ativas não é diretamente proporcional ao tamanho do genoma; regulação e expressão proteica dependem de muitos fatores, não do volume total de DNA.
Estratégia para provas: ao ver perguntas sobre tamanho do genoma vs complexidade, procure termos como “DNA não codificante”, “repetições”, “transposons” e lembre do C‑value paradox. Desconfie de alternativas que confundam quantidade de DNA com número de genes ou com atividade proteica.
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