À primeira vista, a ventosa de um polvo se assemelha à de uma flecha de brinquedo ou à que fixa um GPS no parabrisa.
Na verdade, porém, é um órgão, notavelmente sofisticado, que pode não só prender objetos com diferentes intensidades,
mas também manejá-los graças a grupos de músculos especializados. (VENTOSA sensacional..., 2010. p. 66-67).
A complexidade da percepção táctil e gustativa desse grupo de animais dar-se-á
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa E
Tema central: estrutura e organização do sistema nervoso de cefalópodes (polvos). É necessário saber que esses moluscos possuem sistema nervoso bastante centralizado e especializado, com gânglios e nervos que controlam uma musculatura complexa e recebe informações sensoriais das ventosas (quimiorreceptores e mecanorreceptores).
Resumo teórico rápido: os cefalópodes têm um cérebro bem desenvolvido (gânglios cerebrais), grandes lobos ópticos e extensas conexões nervosas para os braços. Cada braço/ventosa contém gânglios e cordões nervosos periféricos capazes de processar estímulos localmente, mas integrados ao sistema central por nervos — por isso conseguem manipular objetos com precisão e discriminar químico/tátil nas ventosas (Ruppert et al.; Hanlon & Messenger).
Por que a alternativa E está correta: ela descreve gânglios unidos e ligados a nervos que trazem informações sensoriais e comandam a musculatura complexa — exatamente a organização observada em polvos: centralização (gânglios/cérebro) + rede nervosa periférica (gânglios braquiais e nervos nas ventosas) que permite percepção tátil/gustativa e controle fino.
Análise das alternativas incorretas:
A: descreve sistema nervoso difuso típico de cnidários, não de cefalópodes. Polvos têm centralização nervosa.
B: menciona células glandulares como responsáveis pela percepção — glandulares secretam substâncias, não são os principais receptores sensoriais; ventosas possuem receptores sensoriais neuronais.
C: fala em ocelos, que são olhos simples; não explicam a sensibilidade tátil/quimiorreceptiva das ventosas.
D: sugere cordões e anéis nervosos comunicando-se com uma camada muscular epidérmica — descrição vaga/mais compatível com outros invertebrados (p.ex. anel nervoso de cnidários ou certos protostômios), mas não com a organização ganglionar e nervosa sofisticada dos cefalópodes.
Dica de resolução: ao resolver, busque termos-chaves: “gânglios”, “nervos”, “complexa musculatura” apontam para sistema nervoso centralizado e integrado — característico de polvos.
Fontes: Ruppert, E.E., Fox, R.S. & Barnes, R.D. — Invertebrate Zoology; Hanlon & Messenger — Cephalopod Behaviour.
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