Questão 0f029772-d5
Prova:CESMAC 2016
Disciplina:Biologia
Assunto:Drogas, Qualidade de vida das populações humanas

Leia a notícia abaixo.

“O governo uruguaio publicou, nesta quarta-feira (4), a regulamentação para o mercado de maconha para uso medicinal e para pesquisa científica, uma nova fase na implementação da lei que legalizou a droga e que se completará com a venda de maconha para uso recreativo em farmácias”.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/uruguairegulamenta-lei-para-maconha-de-uso-medicinal.html

Considerando o uso medicinal da maconha, podemos afirmar que:

A
o controle de origem da maconha pelos Governos diminuiria a quantidade de psicoativos na droga comercializada ilegalmente.
B
uma única utilização é suficiente para tornar o paciente dependente da droga, uma vez que age diretamente nos centros de prazer do cérebro.
C
o uso recreativo, sem recomendação médica, produziria os mesmos efeitos esperados que o uso controlado.
D
o uso controlado, com recomendação médica, de psicoativos da droga poderia produzir benefícios à saúde de pacientes terminais.
E
o uso recreativo, sem recomendação médica, é recomendado para o tratamento preventivo de doenças.

Gabarito comentado

R
Robson FriasMonitor do Qconcursos

Resposta correta: D

Tema central: uso medicinal da maconha e seus efeitos em pacientes, especialmente em cuidados paliativos. Exige conhecimento sobre farmacologia dos canabinoides, indicações médicas reconhecidas e diferenciação entre uso controlado (prescrito) e uso recreativo.

Resumo teórico curto: a planta Cannabis contém diversos canabinoides; os principais são o THC (psicoativo) e o CBD (não-psicoativo). Em medicina, formulações com esses compostos podem aliviar sintomas como dor refratária, náusea/vômito induzidos por quimioterapia, e perda de apetite em pacientes terminais — funções paliativas reconhecidas por revisões científicas (ver The National Academies of Sciences, 2017) e por diretrizes de saúde.

Justificativa da alternativa D (correta): o uso controlado, com prescrição médica, de psicoativos da cannabis pode trazer benefícios paliativos a pacientes terminais — por exemplo, reduzir dor, náuseas e melhorar apetite/qualidade de vida. Isso está apoiado por evidências e por regulamentações que autorizam uso medicinal quando indicado e acompanhado por profissionais de saúde.

Análise das alternativas incorretas:

A — Incorreta: o controle estatal sobre a produção legal melhora qualidade e padronização do produto legal, mas não reduz automaticamente a quantidade de psicoativos disponível no mercado ilegal. Mercado ilegal é independente do controle estatal da cadeia legal.

B — Incorreta: a dependência não ocorre após uma única utilização. O risco de dependência depende de frequência, dose, idade de início e vulnerabilidades individuais; afirmar que “uma única utilização” causa dependência é exagero e errado.

C — Incorreta: uso recreativo sem supervisão não garante os mesmos efeitos terapêuticos do uso controlado, porque dose, pureza, proporção de THC/CBD e acompanhamento clínico são essenciais para resultado terapêutico e segurança.

E — Incorreta: uso recreativo não é indicado como medida preventiva de doenças; recomendações preventivas seguem evidências de saúde pública, e o uso não médico da cannabis não é prescrito para prevenção.

Estratégia para provas: busque palavras absolutas ("uma única", "é recomendado") como sinal de erro; identifique diferença entre termos clínicos ("uso medicinal/controle médico") e jargões leigos ("recreativo"); verifique se a alternativa condiz com evidência científica e regulamentações.

Fontes sugeridas: WHO Fact Sheet sobre cannabis; National Academies of Sciences (2017) – The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids; regulamentações nacionais sobre cannabis medicinal (ex.: legislação uruguaia de 2013 sobre legalização e posteriores normas regulamentares).

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