Questão 0de2897a-c9
Prova:URCA 2019
Disciplina:Biologia
Assunto:Hereditariedade e diversidade da vida

O conhecido “teste do pezinho”, realizado com uma gota de sangue retirada do pé dos recém – nascidos, destina-se a detectar os portadores da fenilcetonúria. Essa doença pode ser controlada quando diagnosticada no recém – nascido. A pessoa portadora da condição genética responsável pela fenilcetonúria:

A
Deverá receber uma dieta sem a presença da fenilalanina, uma vez que a mesma tende a se acumular no corpo e pode causar danos às células cerebrais.
B
Não produz a enzima que transforma o aminoácido fenilalanina em tirosina.
C
Deveá evitar o uso de adoçantes artificiais à base de aspartame devido à quebra do amido que leva a produção de maltose, glicídio de sabor doce.
D
Não possui restrição quanto ao uso de adoçantes artificiais a base de ácido aspártico, uma vez que as enzimas por serem catalizadores biológicos, atuam indistintamente em uma ou várias reações biológicas.
E
Não possui restrições quanto a ingestão de proteínas na alimentação.

Gabarito comentado

P
Pâmela ArrudaMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa B

Tema central: Fenilcetonúria (PKU) — doença genética que afeta o metabolismo do aminoácido fenilalanina. É fundamental em concursos por ligar genética mendeliana, bioquímica enzimática e saúde pública (triagem neonatal).

Resumo teórico: A PKU é geralmente autossômica recessiva e decorre da deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase (PAH), responsável por converter fenilalanina em tirosina. A falha nessa reação leva ao acúmulo de fenilalanina, que é neurotóxico em altas concentrações, causando atraso neuropsicomotor se não tratada. O diagnóstico precoce é feito pelo teste do pezinho; o tratamento é uma dieta restrita em fenilalanina e suplementação adequada (por exemplo, tirosina), além de evitar adoçantes que contenham fenilalanina (ex.: aspartame).

Justificativa da alternativa B: Afirma corretamente a causa bioquímica principal — ausência/deficiência da enzima que transforma fenilalanina em tirosina (PAH). Esse é o mecanismo clássico da PKU, explicando acúmulo de fenilalanina e necessidade de intervenção dietética.

Análise das alternativas incorretas:

  • A — Incorreta por excesso de generalização: não se elimina totalmente a fenilalanina (é aminoácido essencial). O manejo é restrição, não ausência total.
  • C — Errada e confusa: aspartame é metabolizado liberando fenilalanina (prejudicial na PKU), não produz maltose. A referência a quebra de amido e maltose é equivocada.
  • D — Falsa: afirmações sobre enzimas atuarem indistintamente são incorretas — enzimas têm especificidade. Além disso, dizer que não há restrição a adoçantes que contenham ácido aspártico ignora que alguns adoçantes (ex.: aspartame) liberam fenilalanina.
  • E — Errada: proteínas contêm fenilalanina; pacientes com PKU precisam limitar a ingestão proteica/controlar fenilalanina.

Dica de prova: Procure palavras absolutas (sem, nunca, não possui restrição) — costumam ser armadilhas. Vincule sinais clínicos ao defeito bioquímico: deficiência enzimática → acúmulo do substrato → sintomas.

Fontes sugeridas: Diretrizes de triagem neonatal (Ministério da Saúde / programas de saúde pública), textos de bioquímica e pediatria (ex.: Nelson) e revisões sobre PKU.

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