No capítulo 3 de A Origem das Espécies, Darwin disse que linhagens de animais com mais espécies também devem conter mais 'variedades', o que hoje
chamaríamos de subespécies. A pesquisadora Laura
van Holstein, da Universidade de Cambridge, no
Reino Unido, esclarece que investigações recentes
comprovam que as subespécies desempenham um
papel crítico na dinâmica evolutiva a longo prazo e na
evolução futura das espécies.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/
noticia/2020/03/cientista-comprova-teoria-das-subespecies-dedarwin-pela-primeira-vez.html Acesso em: 25 abr. 2020.
Adaptado.
Atualmente, subespécies podem ser definidas como:
Gabarito comentado
Resposta correta: A
Tema central: Subespécies e seu papel na evolução. É importante entender como biólogos definem unidades dentro de uma espécie e como isso difere de espécies distintas. Conceitos essenciais: isolamento reprodutivo, capacidade de cruzamento e fertilidade dos descendentes, variação geográfica e acumulação genética (Darwin; revisão moderna: Mayr, Dobzhansky).
Resumo teórico: Subespécies são populações de uma mesma espécie que apresentam diferenças morfológicas ou genéticas diagnósticas e geralmente ocupam áreas geográficas distintas, mas que ainda podem se cruzar produzindo descendentes férteis. Elas representam etapas iniciais de diferenciação que, com acúmulo de mudanças e isolamento, podem levar à especiação (Darwin, 1859; Mayr, 1942).
Por que a alternativa A está correta: descreve precisamente subespécies — populações da mesma espécie com diferenças genéticas/fenotípicas, porém sem barreira reprodutiva completa; o cruzamento ainda é possível e gera prole fértil. Essa definição condiz com o uso taxonômico moderno e com a ideia de Darwin sobre "variedades" e subespécies.
Por que as outras alternativas estão incorretas:
B — fala de "duas populações de espécies diferentes": isso já descreve espécies separadas (especiação), não subespécies.
C — descreve populações de espécies diferentes que compartilham habitat mas têm barreiras reprodutivas; novamente refere-se a espécies distintas e enfatiza isolamento pré-zigótico — não subespécies.
D — indica que cruzamentos resultam em inviabilidade ou esterilidade (mecanismos pós‑zigóticos). Se há inviabilidade/esterilidade, há isolamentos reprodutivos efetivos, caracterizando espécies distintas segundo o conceito biológico de espécie, e não subespécies.
Dica para provas: Busque palavras-chave: "mesma espécie", "cruzamento ainda pode ocorrer", "descendentes férteis" → indicam subespécie. Termos como "barreira reprodutiva", "inviabilidade" ou "esterilidade" apontam para espécies diferentes.
Fontes sugeridas: Charles Darwin, A Origem das Espécies (1859); Ernst Mayr, Systematics and the Origin of Species (1942); conceitos modernos em biologia evolutiva e artigos de revisão como os citados na imprensa científica (ex.: estudo comentado por Laura van Holstein).
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