Na situação colocada, dentre as doenças que mais imediatamente preocupam os sanitaristas, pode-se citar:
Municípios do Nordeste atingidos pelas chuvas sofrem com doenças
O fim das enchentes não significa que o perigo acabou.
Cresce o risco de proliferação de doenças nos 95 municípios alagoanos e pernambucanos afetados pelos temporais. Em alguns municípios a rede de abastecimento de água foi destruída. O contato direto da população com a água e a lama deixa os sanitaristas preocupados.
(www.globo.com/jornalnacional. Adaptado.)
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — leptospirose, hepatite e diarreia
Tema central: enchentes promovem contato direto da população com água e lama contaminadas, favorecendo doenças de transmissão hídrica e zoonótica. Para responder, é preciso identificar quais agravos têm relação imediata com água contaminada e saneamento comprometido.
Resumo teórico: Leptospirose — doença zoonótica por leptospiras presentes na urina de roedores; contágio por água/lama contaminada; surtos frequentes após enchentes (OMS/Ministério da Saúde). Hepatites A/E — transmitidas por via fecal-oral por água ou alimentos contaminados; risco aumenta com perda da rede de água tratada. Diarreias agudas — causadas por agentes bacterianos, virais e parasitários (Ex.: cólera, E. coli, rotavírus); surgem rapidamente quando saneamento e água potável são comprometidos.
Por que a alternativa C é correta:
As três doenças listadas são consequência direta do contato com água e lama contaminadas e da ruptura do abastecimento e saneamento — cenário descrito no enunciado. A leptospirose é classicamente associada a enchentes; hepatite A/E e diarreias agudas aumentam por contaminação fecal-oral. Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (Brasil) sobre vigilância pós-desastres.
Análise das alternativas incorretas:
A — difteria, tifo e tuberculose: são doenças de transmissão respiratória ou vetorial/zoonótica distinta; não caracterizam surtos imediatos relacionados ao contato com água e lama.
B — tétano, giardíase e leishmaniose: tétano ocorre por ferimentos e pode aumentar isoladamente, mas não é a principal preocupação coletiva; giardíase é hídrica (ponto a favor), porém leishmaniose é transmitida por flebotomíneos e não está associada diretamente a enchentes.
D — hepatite, difteria e leishmaniose: hepatite entra, mas difteria e leishmaniose não são típicas de pós-enchente imediato.
E — diarreia, dengue e toxoplasmose: diarreia procede, mas dengue depende de aumento de vetores (Aedes) com ciclo que demora semanas; toxoplasmose não costuma provocar surtos imediatos ligados a enchentes.
Estratégia para resolução: procure palavras-chave do enunciado (água, lama, abastecimento destruído) e selecione doenças com transmissão hídrica ou por contato com água contaminada/roedores. Desconfie de opções com doenças exclusivamente aéreas ou vetoriais que exigem tempo para aumento de vetores.
Fontes sugeridas: Organização Mundial da Saúde (OMS); Ministério da Saúde do Brasil — diretrizes sobre vigilância em desastres e doenças transmitidas por água.
'Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!'






