A participação política de Alagoas nos recentes
governos federais:
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: análise da cultura política de Alagoas diante dos governos federais recentes — exige conhecer história política regional, práticas clientelistas e a relação entre elites locais e partidos nacionais.
Resumo teórico: a política no Nordeste, inclusive em Alagoas, guarda traços de coronelismo e clientelismo (ver Victor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto), com elites locais mantendo controle sobre votos e cargos, adaptação a novos contextos sem mudança profunda de critérios de poder. Fontes úteis: IBGE (perfil socioeconômico), TSE (dados eleitorais) e estudos sobre clientelismo no Brasil.
Por que E é a correta: a alternativa aponta continuidade de práticas tradicionais e poucas mudanças nos critérios de valor — leitura compatível com a realidade alagoana recente: presença de oligarquias locais, práticas de patrimonialismo adaptadas a partidos distintos, e troca de apoios conforme conveniência, sem ruptura estrutural dos mecanismos de poder. Em concursos, essa conclusão baseia-se em análises históricas e eleitorais que mostram continuidade institucional e cultural.
Análise das alternativas incorretas: A — "busca espaços nos partidos socialistas mais atuantes e críticos": incorreta; Alagoas não se caracteriza por adesão majoritária a partidos socialistas críticos, mas por alianças pragmáticas. B — "mantém boas relações com a cúpula federal, fugindo a polêmicas": simplifica demais; há alianças e conflitos conjunturais, não um comportamento estável de evitar polêmica. C — "ocupa cargos de liderança nos partidos atualmente mais influentes e críticos": falso; poucos líderes nacionais de destaque saem de Alagoas de forma consistente. D — "está desligada da política nacional, descontente": exagera; Alagoas participa ativamente, mas de forma pragmática e dependente de redes locais.
Dica de prova: foque em palavras-chave ("conserva práticas tradicionais", "participação política") e identifique se o enunciado pede ruptura ou continuidade. Em temas regionais, a alternativa que indica continuidade de estruturas históricas costuma ser a mais correta quando há indícios de clientelismo/oligarquia.
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