A geneterapia é uma técnica promissora utilizada para substituir ou adicionar nas pessoas portadoras de doenças genéticas uma cópia de um gene alterado. Nesse sentido, os cientistas podem tirar proveito da capacidade que têm os vírus de infectar células humanas, substituindo genes virais causadores de doenças por um gene humano terapêutico. Para que a geneterapia seja realizada com sucesso, após a tradução do RNAm, é necessário que ocorra

Alternativa correta: E — a ação da proteína formada.

Tema central: gene terapia usando vetores virais, baseada no fluxo gênico (DNA → RNAm → proteína). A finalidade é que o gene terapêutico produza uma proteína funcional que compense a disfunção genética do paciente.

Resumo teórico sucinto: após a entrega do gene ao núcleo, ocorre a transcrição (DNA → RNAm) e depois a tradução (RNAm → proteína). A etapa final e essencial para efeito clínico é que a proteína sintetizada exerça sua função (ex.: enzima ativa, receptor funcional ou fator regulador). Fontes úteis: Alberts et al., Molecular Biology of the Cell; diretrizes regulatórias sobre terapia gênica (FDA/EMA) para princípios gerais.

Por que a alternativa E é correta: a pergunta pede o que é necessário após a tradução do RNAm. Depois da tradução temos a proteína; para que haja benefício terapêutico é imprescindível que essa proteína seja funcional e realize sua ação no local correto (catalise reações, repare vias, sinalize, etc.). Sem ação efetiva da proteína, não haverá correção da doença.

Análise das alternativas incorretas:

A — inserção do gene em um vetor: etapa prévia à expressão; ocorre antes da transcrição/tradução, não “após” a tradução.

B — contato do vetor com a célula: também etapa de entrega inicial (entrou no domínio temporal anterior), não posterior à tradução.

C — transporte do vetor até o núcleo da célula: necessário para vetores de DNA, porém é etapa anterior à transcrição e tradução.

D — transcrição do gene clonado: é a produção do RNAm — acontece antes da tradução, logo não pode ser o que ocorre após a tradução.

Estratégia de prova: identifique palavras-tempo do enunciado (aqui: “após a tradução”). Ordene mentalmente as etapas do dogma central (transcrição → tradução → função proteica) e elimine alternativas que representam passos anteriores. Cuidado com pegadinhas que misturam etapas fora de ordem.

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