Não são raros os relatos de ocorrência de terremotos no território brasileiro. Porém, diferentemente do que acontece no
Japão, nos Estados Unidos e no Chile, por exemplo, os terremotos aqui observados normalmente são de baixa magnitude.
A explicação para essa diferença deve-se à
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — localização do território brasileiro em região intraplaca
Tema central: compreensão das causas da ocorrência e da intensidade dos terremotos, especialmente a relação entre tectônica de placas e localização geográfica. Esse conteúdo é muito cobrado em provas de geografia física e geologia porque explica por que algumas áreas (Chile, Japão) têm abalos fortes e outras (Brasil) têm sismos mais fracos e menos frequentes.
Resumo teórico: terremotos resultam da liberação súbita de energia acumulada por movimentos relativos das placas tectônicas. As maiores magnitudes ocorrem em margens ativas (convergentes, divergentes ou transformantes) onde há grande interação entre placas. Regiões intraplaca — áreas internas de placas tectônicas, como grande parte do Brasil — têm sismicidade muito menor e geralmente abalos de baixa magnitude. Fontes úteis: USGS (Earthquake basics) e CPRM — Serviço Geológico do Brasil.
Justificativa da alternativa E: o Brasil situa‑se no interior da Placa Sul‑Americana, longe das bordas ativas (ex.: margem oeste da América do Sul). Assim, as fontes principais de grandes terremotos não estão presentes; os eventos ocorrentes são intraplaca, associados a ajustes locais em fraturas antigas, e costumam ser de baixa magnitude. Esse é o motivo direto da diferença citada no enunciado.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta. Se o Brasil estivesse em área de convergência de placas, ocorreria elevada sismicidade e grandes terremotos (como no Chile). Não corresponde à realidade geotectônica brasileira.
B — incorreta. Intemperismo químico e clima influenciam alteração das rochas e paisagem, não a magnitude dos terremotos. O clima não reduz a energia liberada por rupturas tectônicas.
C — incorreta. "Estrutura geológica antiga do Quaternário" é confuso: o Quaternário é recente (últimos 2,6 Ma) e não descreve a antiga estrutura cratônica do Brasil. A baixa sismicidade se relaciona à posição intraplaca e crátons antigos, não a uma "estrutura do Quaternário".
D — incorreta. Predominância de rochas sedimentares não explica terremotos de baixa magnitude. Além disso, sedimentos podem amplificar o tremor local, mas não reduzem a magnitude gerada por fontes tectônicas.
Dica de prova: procure termos-chave: "diferença" + "Japão/Chile" → lembre-se de margens ativas. Elimine alternativas que tratem de clima ou litologia quando a questão aponta para tectônica regional.
Fontes rápidas: USGS (earthquake basics), CPRM — Serviço Geológico do Brasil. Para aprofundar: textos sobre tectônica de placas (p. ex. Kearey et al.).
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