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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Constitui marca do registro informal da língua o trecho


 Aluísio Azevedo, O cortiço.


* ensarilhar-se: emaranhar-se.

** rezinga: resmungo.

A
“mas um só ruído compacto” (L. 2-3).
B
“ouviam-se gargalhadas” (L. 5).
C
“o prazer animal de existir” (L. 8-9).
D
“gritou ela para baixo” (L. 14).
E
“bata na porta” (L. 15).
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O trecho do romance Minha vida de menina que ilustra de modo mais preciso o que, para o crítico Alexandre Eulálio, representa “a coexistência íntima de dois mundos culturais divergentes” é:



Alexandre Eulálio, “Livro que nasceu clássico”.
In: Helena Morley, Minha vida de menina.
A
“Se há uma coisa que me faz muita tristeza é gostar muito de uma pessoa, pensando que ela é boa e depois ver que é ruim”.
B
“Eu tinha muita inveja de ver meus irmãos montarem no cavalo em pelo, mas agora estou curada e não montarei nunca mais na minha vida”.
C
“Já refleti muito desde ontem e vi que o único meio de ter vestido é vendendo o broche. Vou dormir ainda esta noite com isto na cabeça e vou conversar com Nossa Senhora tudo direitinho”.
D
“Se eu não ouvir missa no domingo, como quando estou na Boa Vista onde não há igreja e não posso ouvir no Bom Sucesso, fico o dia todo com um prego na consciência me aferroando”.
E
“Este ano saiu à rua a procissão de Cinzas que há muitos anos não havia. Dizem que não saía há muito tempo por falta de santos, porque muitos já estavam quebrados”.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Uma característica do Naturalismo presente no texto é:


 Aluísio Azevedo, O cortiço.


* ensarilhar-se: emaranhar-se.

** rezinga: resmungo.

A
forte apelo aos sentidos.
B
idealização do espaço.
C
exaltação da natureza.
D
realce de aspectos raciais.
E
ênfase nas individualidades.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

São características dos narradores Brás Cubas e Helena, respectivamente,

   Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de dona Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e, conseguintemente, que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: -Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.

 Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.

 
    Não sei por que até hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos. Eu não penso assim. Acho que se fosse obrigada a trabalhar o dia inteiro não seria infeliz. Ser obrigada a ficar à toa é que seria castigo para mim. Mamãe às vezes diz que ela até deseja que eu fique preguiçosa; a minha esperteza é que a amofina. Eu então respondo: “Se eu fosse preguiçosa não sei o que seria da senhora, meu pai e meus irmãos, sem uma empregada em casa”.

 Helena Morley, Minha vida de menina.
A
malícia e ingenuidade.
B
solidariedade e egoísmo.
C
apatia e determinação.
D
rebeldia e conformismo.
E
otimismo e pessimismo.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos dois textos, obtém-se ênfase por meio do emprego de um mesmo recurso expressivo, como se pode verificar nos seguintes trechos:

   Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de dona Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e, conseguintemente, que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: -Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.

 Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.

 
    Não sei por que até hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos. Eu não penso assim. Acho que se fosse obrigada a trabalhar o dia inteiro não seria infeliz. Ser obrigada a ficar à toa é que seria castigo para mim. Mamãe às vezes diz que ela até deseja que eu fique preguiçosa; a minha esperteza é que a amofina. Eu então respondo: “Se eu fosse preguiçosa não sei o que seria da senhora, meu pai e meus irmãos, sem uma empregada em casa”.

 Helena Morley, Minha vida de menina.
A
“Este último capítulo é todo de negativas” / “Eu não penso assim”.
B
“Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento” / “Não sei por que até hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos”
C
“Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto” / “Ser obrigada a ficar à toa é que seria castigo para mim”.
D
“qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra” / “Mamãe às vezes diz que ela até deseja que eu fique preguiçosa”.
E
“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria” / “Acho que se fosse obrigada a trabalhar o dia inteiro não seria infeliz”.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com Alexandre Eulálio, a protagonista do romance Minha vida de menina



Alexandre Eulálio, “Livro que nasceu clássico”.
In: Helena Morley, Minha vida de menina.
A
vivencia um conflito – uma ideia fortalecida por “a bem dizer” (L. 5).
B
apresenta certo vínculo com o protestantismo – uma ideia sintetizada por “ecos de uma formação britânica” (L. 7-8).
C
formou-se num meio alheio ao trabalho escravo – um fato referido por “num ambiente de corte ibérico e católico” (L. 8-9)
D
rejeita as influências do meio em que vive – uma característica revelada por “precisão e finura notáveis” (L. 14).
E
tem a sua lucidez psicológica abalada pelas ambivalências de sua educação – um traço reiterado por “equilíbrio mesmo de suas contradições” (L. 17-18).
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (L. 5-6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por


Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.

A
realmente; portanto.
B
invariavelmente; ainda.
C
com efeito; todavia.
D
com segurança; também.
E
possivelmente; até.
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FUVEST 2017 - Sociologia - Revolução e transformação social, O nascimento da sociologia

Tanto no desenvolvimento político como no científico, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar à crise, é um prérequisito para a revolução.

T. S. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.


Analise as quatro afirmações seguintes, acerca das revoluções políticas e científicas da Época Moderna.


I. A concepção heliocêntrica de Nicolau Copérnico, sustentada na obra Das revoluções das esferas celestes, de 1543, reforçava a doutrina católica contra os postulados protestantes.

II. A Lei da Gravitação Universal, proposta por Isaac Newton no século XVII, reforçava as radicais perspectivas ateístas que haviam pautado as ações dos grupos revolucionários na Inglaterra à época da Revolução Puritana.

III. Às experiências com eletricidade realizadas por Benjamin Franklin no século XVIII, somou-se sua atuação no processo de emancipação política dos Estados Unidos da América.

IV. Os estudos sobre o oxigênio e sobre a conservação da matéria, feitos por Antoine Lavoisier ao final do século XVIII, estavam em consonância com a racionalização do conhecimento, característica da Ilustração.


Estão corretas apenas as afirmações

A
I, II e III.
B
II, III e IV.
C
I, III e IV.
D
I e II.
E
III e IV.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine o cartum.


Frank e Ernest – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo. 22.08.2017.


O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da

A
semelhança entre a língua de origem e a local.
B
falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico.
C
falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico.
D
discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.
E
incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, a compreensão do significado de uma obra de arte pressupõe


Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.

A
o reconhecimento de seu significado intrínseco.
B
a exclusividade do ponto de vista mais recente.
C
a consideração de seu caráter imutável.
D
o acúmulo de interpretações anteriores.
E
a explicação definitiva de seu sentido.
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FUVEST 2017 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

O futurismo de Marinetti e o fascismo de Benito Mussolini têm em comum

A
a constatação da falência cultural da Itália, que se agarrou ao passado romano e ignorou os grandes avanços da Primeira Revolução Industrial.
B
o desejo de proporcionar aos cidadãos italianos o acesso aos bens de consumo e a implantação do Estado de bem- estar social.
C
o esforço de modernização cultural e a tentativa de demolir as edificações que restaram do passado romano.
D
a valorização e a adoção das bases e dos princípios das teorias revolucionárias anarquistas e socialistas.
E
a glorificação da ideologia da guerra e da velocidade proporcionada pelos avanços técnicos e militares.
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FUVEST 2017 - Sociologia

A operação era um pouco dolorosa e não durava mais que um minuto, mas era traumática. Seu significado simbólico estava claro para todos: este é um sinal indelével, daqui não sairão mais; esta é a marca que se imprime nos escravos e nos animais destinados ao matadouro, e vocês se tornaram isso. Vocês não têm mais nome: este é o seu nome. A violência da tatuagem era gratuita, um fim em si mesmo, pura ofensa: não bastavam os três números de pano costurados nas calças, no casaco e no agasalho de inverno?
Primo Levi. Os afogados e os sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990

Está de acordo com o texto a seguinte afirmação:

A
A tatuagem era uma forma de tortura e uma mensagem não verbal, que inscrevia a condenação no corpo do prisioneiro.
B
O uso de tatuagens era perturbador apenas para ciganos e judeus ortodoxos, pois violava o código moral e as leis religiosas dessas comunidades.
C
O recurso de tatuar o prisioneiro, além de impor um sofrimento físico e moral, discriminava o tipo de remuneração.
D
O emprego das tatuagens funcionava como um código estético e de classificação dos prisioneiros nos campos de concentração.
E
A tatuagem, assim como o trabalho voluntário, não tinham finalidade produtiva, mas contribuíam para o entendimento entre os prisioneiros.
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FUVEST 2017 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano

Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados pelo Império português na América:

A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.

Nesse excerto, o autor referia-se

A
aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
B
às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do monarca a Portugal.
C
à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
D
às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
E
ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil independente.
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FUVEST 2017 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

No que se refere à crise do colonialismo português na África na segunda metade do século XX,

A
a Era das Revoluções, ao implicar a abolição do tráfico transatlântico de escravos para as Américas, erodiu as bases do domínio de Portugal sobre Angola e Moçambique.
B
Portugal, com um poder de segunda ordem no concerto europeu, se viu alijado das deliberações da Conferência de Berlim, perdendo assim o domínio sobre suas colônias.
C
as independências de Angola e de Moçambique foram marcadas por um processo relativamente pacífico, que envolveu ampla negociação com os poderes metropolitanos em Portugal.
D
o processo de independência das colônias portuguesas, ao contrário do que ocorreu nas colônias inglesas e francesas, não se relacionou às polarizações geopolíticas da Guerra Fria.
E
o movimento de independência colonial foi decisivo para o processo de transformação política em Portugal, ao acelerar a crise do regime autoritário nascido no período entre- guerras.
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FUVEST 2017 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...].
De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente.

P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo.
Porto: Afrontamento, 1982.


Na região das formações sociais gregas,

A
a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores helenísticos.
B
essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
C
a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas.
D
o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental.
E
os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.
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FUVEST 2017 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade - algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem impiedosamente.


J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval.
Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.

Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, pode-se afirmar que

A
o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica.
B
a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã.
C
a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que abundavam nas formações sociais islâmicas.
D
o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental.
E
a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval.
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FUVEST 2017 - Geografia - Geografia Física, Hidrografia

Estuários são ambientes aquáticos em que há a transição entre rio (água doce, com salinidade menor que 0,5 g de NaCl por kg de água) e mar (água salgada, com salinidade maior que 30 g de NaCl por kg de água). Existem diferentes tipos de estuários, dos quais três deles são:

1. Estuário bem misturado: ocorre quando há grandes variações de maré e fortes correntes, causando rápida mistura entre as águas.
2. Estuário parcialmente misturado: ocorre quando o mar tem variações moderadas de maré e há mistura entre as águas, porém com diferenças entre a região superficial e a profunda.
3. Estuário do tipo cunha salina: ocorre quando o rio desemboca no mar, em que este tem pouca variação de maré, gerando grande estratificação.

Medidas de salinidade da água em função da profundidade foram realizadas em um ponto equivalente para esses três tipos de estuários, conforme mostrado no esquema a seguir, gerando os gráficos I, II e III.


A alternativa que relaciona corretamente o gráfico com a respectiva descrição do tipo de estuário é:

A

1 I

2 II

3 III

B

1 II

2 I

3 III

C

1 II

2 III

3 I

D

1 III

2 I

3 II

E

1 III

2 II

3 I

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FUVEST 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:

A
A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da economia mineradora.
B
A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que a atividade aurífera.
C
O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da colonização portuguesa.
D
A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na produção de açúcar.
E
Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado interno colonial.
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FUVEST 2017 - Geografia - Amazônia

Observe os mapas referentes à delimitação da bacia hidrográfica do rio Xingu, com o detalhamento da parte sul, onde fica o Parque Indígena do Xingu (PIX).


Com relação às áreas delimitadas nos mapas, está correto o que se afirma em:

A
Devido ao avanço do desmatamento nessa bacia hidrográfica nas últimas quatro décadas, processo iniciado pela atividade pecuária ao longo dos rios e seguido pelo avanço da monocultura de eucalipto, inviabilizam-se quaisquer ações de recuperação e de conservação do bioma Amazônico.
B
O Parque Indígena do Xingu, criado principalmente para proteger diversas etnias indígenas, atua hoje como inibidor do avanço do desmatamento, função esperada para as diversas unidades de conservação previstas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
C
Dentre as grandes bacias hidrográficas amazônicas, a bacia hidrográfica do rio Xingu, na disposição leste-oeste, é uma das bacias da margem esquerda do rio Amazonas com importante conectividade entre dois biomas brasileiros: a Caatinga e o bioma Amazônico, ambos biológica e geologicamente diversos.
D
O desmatamento, observado no mapa, é resultado da monocultura de babaçu, praticada pelos indígenas que extraem seu óleo e vendem-no para indústrias de cosméticos.
E
O avanço do desmatamento nessa área deve-se às monoculturas de cana-de-açúcar e laranja, ambas cultivadas com variedades transgênicas adaptadas ao bioma Amazônico.
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FUVEST 2017 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:

As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar.
(...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar.
Aluísio Azevedo, O cortiço.
A
A expansão periférica no século XIX, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, teve significativa presença de cortiços, devido à chegada massiva de imigrantes japoneses.
B
A primeira favela carioca teve sua origem no forte empobrecimento da população no contexto da crise cafeeira na região serrana do Rio de Janeiro.
C
A maior concentração dos cortiços da cidade de São Paulo, presentes no último quartel do século XIX, localizava-se na porção mais central da aglomeração urbana.
D
As primeiras favelas brasileiras se originaram devido à expansão da atividade industrial, no centro da cidade de São Paulo, no início do último quartel do século XIX.
E
Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a expansão cafeeira, os cortiços eram muito frequentes, por conta da presença de imigrantes italianos empobrecidos.