Questõessobre Filosofia

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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Se o esclarecimento não acolhe dentro de si a reflexão sobre esse elemento regressivo, ele está selando seu próprio destino. Abandonando a seus inimigos a reflexão sobre o elemento destrutivo do progresso, o pensamento cegamente pragmatizado perde seu caráter superador e, por isso, também sua relação com a verdade.

(ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Trad. de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.13.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o esclarecimento, realizado por Adorno e Horkheimer, considere as afirmativas a seguir.

I. Esvaziou sua capacidade crítica e reflexiva, transformando-se em meio operacional para atingir fins.
II. É um ideal que continua a ser perseguido, visto que somente a razão pode realizar a emancipação.
III. Tem sua manifestação plena na ciência moderna, ao assegurar o permanente desenvolvimento tecnológico.
IV. Tornou-se um mito, visto que a razão exerce de forma instrumental a dominação social.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

O conceito de modernização refere-se a um feixe de processos cumulativos que se reforçam mutuamente: a formação de capital e a mobilização de recursos, o desenvolvimento das forças produtivas e o aumento da produtividade do trabalho, o estabelecimento de poderes políticos centralizados e a formação de identidades nacionais, a expansão de direitos de participação política, de formas urbanas de vida e de formação escolar formal, a secularização de valores e normas.

(HABERMAS, J. O Discurso Filosófico da Modernidade. Trad. de Ana Maria Bernardo et al. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998. p.14.)

Sobre o conceito de secularização na constituição da modernização, considere as afirmativas a seguir.

I. Alude-se à presença da orientação religiosa nos desígnios desconhecidos que o homem passa a trilhar.
II. Infere-se a preservação dos direitos subjetivos à luz dos direitos eternos firmados pela religião.
III. Refere-se ao deslocamento dos preceitos normativos religiosos para a subjetividade das pessoas.
IV. Trata-se da autonomia que as esferas sociais passaram a ocupar diante dos ditames impostos pela religião.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Habermas defende a tese de que a tolerância religiosa formulada nos séculos XVI contribuiu para o surgimento da democracia e sua legitimação nas sociedades ocidentais. A necessidade de vários credos religiosos ressaltou a importância da tolerância, seja por imperiosidade mercantilista, seja para garantir a lei e a ordem, seja por questões morais e éticas.

(VELLOSO, C. M. S.; AGRA, W. M. Elementos de Direito Eleitoral. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p.23-24.)

Sobre a aproximação da tolerância religiosa e da democracia, considere as afirmativas a seguir.

I. A democracia permite a convivência da diversidade e do mútuo respeito.
II. A democracia legitima o ordem social por meio da participação e do debate público.
III. A democracia organiza a sociedade e seus valores a partir de liderança carismática.
IV. A democracia requer ordem e respeito por coação exercida em nome do Estado.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Estes problemas inevitáveis da própria razão pura são Deus, a liberdade e a imortalidade, e a ciência que, com todos os seus requisitos, tem por verdadeira finalidade a resolução destes problemas chama-se metafísica. O seu proceder é, de início, dogmático, isto é, aborda confiadamente a realização de tão magna empresa, sem previamente examinar a sua capacidade ou incapacidade.

(KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 3.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. p.40.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de filosofia no pensamento de Kant, assinale a alternativa correta.

A
Destaca o conhecimento da essência das coisas como condição própria da razão.
B
Impõe o caráter superior da metafísica ao lidar com questões transcendentes.
C
Reforça o conhecimento empírico científico ao limitar-se à verdade da natureza.
D
Reivindica uma depuração crítica da razão que aponte os limites da metafisica.
E
Valoriza a lógica como instrumento possível para o conhecimento da metafísica.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

A universalidade dos pensamentos, como a desenvolve a lógica discursiva, a dominação na esfera do conceito, eleva-se fundamentada na dominação do real. É a substituição da herança mágica, isto é, das antigas representações difusas, pela unidade conceitual que exprime a nova forma de vida, organizada com base no comando e determinada pelos homens livres.

(ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Trad. de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.28.)

Nesse texto, é destacado um importante feito registrado no passado ocidental relativo à

A
emergência do domínio da gramática que permitiu assegurar o sentido conceitual do mundo.
B
passagem da escolástica religiosa, embasada no místico, para o mundo moderno.
C
vanguarda da mitologia que permitiu o nascimento da indagação e da reflexão filosófica.
D
superação da patrística que possibilitou a emergência da lógica na discussão de temas religiosas.
E
organização do pensamento helenístico, que permitiu resgatar a filosofia dos pré-socráticos.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

O pensamento de Sócrates e dos sofistas deve ser entendido, portanto, tendo como pano de fundo o contexto histórico e sociopolítico de sua época, pois tem um compromisso bastante direto e explícito com essa realidade.

(MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p.40.)

Sobre o contexto histórico e sociopolítico que marca o debate entre Sócrates e os sofistas, conforme aludido no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Debate com atenção voltada para as questões que almejam assegurar os fundamentos da natureza.
II. Tematização das questões de ordem metafísica com a pretensão de racionalização do divino.
III. O interesse pela problemática ético-política perpassa o debate que marca o contexto de ambos.
IV. Compromisso bastante direto, ainda que com posicionamentos distintos, em relação ao exercício da democracia.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Aristóteles substitui o idealismo de Platão pelo empirismo. A teoria ética aristotélica busca seu ideal não em uma ideia universal e inatingível do bem, do belo e verdadeiro, mas numa concepção de felicidade, alcançada pela ação, reflexão e experiência, consubstanciada no conceito de justiça.

(FREITAG, B. Itinerários de Antígona. A questão da moralidade. 4.ed. Campinas: Papirus, 2005. p.30.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de justiça em Aristóteles, assinale a alternativa correta.

A
Decorre da convenção alcançada no debate político.
B
Deriva da consciência interior de cada homem.
C
Sobrevém dos preceitos religiosos ditados pelo divino.
D
Configura-se na obediência à norma ditada pelo soberano.
E
Constitui-se a partir da mediania alcançada entre os extremos.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

O comunitarismo ético contemporâneo constitui uma réplica ao liberalismo, ou ao menos a certas variantes dele que produzem efeitos consideráveis indesejáveis.

(CORTINA, A.; MARTINEZ, E. Ética. Trad. de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Loyola, 2005. p.94.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre os aspectos concernentes à crítica que o comunitarismo direciona ao liberalismo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) Associação política como um bem meramente instrumental.
( ) Negligência com os valores comumente partilhados na sociedade.
( ) Formação da virtude cívica e solidária dos cidadãos.
( ) Exaltação do indivíduo em detrimento do bem viver social.
( ) Dimensão afetiva e valorativa dos laços interpessoais.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

A
V, V, F, V, F.
B
V, F, V, F, V.
C
F, V, V, F, F
D
F, V, F, F, V.
E
F, F, F, V, V.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

O imperativo não admite hipóteses (“se... então”) nem condições que fariam valer em certas situações e não valer em outras, mas vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais. Por isso, o dever é um imperativo categórico.

(CHAUI, M. Convite à Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000. p.346.)

Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre a formulação do Imperativo Categórico na moral kantiana, segundo seus objetivos, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) Servir de critério racional para a discriminação das máximas de ação.
( ) Orientar a ação humana de forma objetiva com a pretensão de validar universalmente sua prática.
( ) Determinar o conteúdo valorativo do ato humano a partir do lastro cultural e religioso.
( ) Conservar um princípio formal e procedimental como condição orientadora da ação humana.
( ) Adequar a vontade humana aos preceitos de fé manifestados no interior da consciência moral.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

A
V, V, F, V, F.
B
V, F, V, F, V.
C
F, V, V, F, F.
D
F, V, F, F, V.
E
F, F, F, V, V.
faf4c405-06
UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Os argumentos expostos por Descartes no intuito de fundamentar sua filosofia têm como ponto basilar a noção do cogito, ergo sum: a partir de um ato de consciência (a dúvida), instaura-se um processo que vai culminar com a certeza não apenas do eu, como também da possibilidade de, a partir dele, deduzir o mundo.

(HANSEN, G. L. Modernidade, Utopia e Trabalho. Londrina: Edições CEFIL, 1999. p.52.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a construção do cogito, conforme elaborado na filosofia cartesiana, considere as afirmativas a seguir.

I. O cogito é uma autoevidência originária revelada pela própria razão.
II. O cogito é o ponto de partida da dúvida enquanto recurso metodológico.
III. O cogito assegura o fundamento para a certeza do mundo exterior independente de Deus.
IV. O cogito é a superação do ceticismo e da demonstração de certeza irrefutável.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

O “estado de natureza”, ou “natural”, em que o homem se encontraria, abstração feita da constituição da sociedade organizada e do governo, é o estado de “guerra de todos contra todos”. O homem é “o lobo do homem” e movido por suas paixões e desejos não hesita em matar e destruir o outro, seu semelhante.

(MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p.40.)

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a concepção antropológica de homem, retratada no texto, e o seu defensor.

A
Cética, defendida por Locke.
B
Filosófica, defendida por Maquiavel.
C
Maniqueísta, defendida por Agostinho.
D
Negativa, defendida por Hobbes.
E
Niilista, defendida por Rousseau.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Com efeito, relativamente à natureza, a experiência dá-nos a regra e é a fonte da verdade; no que toca a leis morais, a experiência é (infelizmente!) a madre da aparência e é altamente reprovável extrair as leis acerca do que devo fazer daquilo que se faz ou querer reduzi-las ao que é feito.

(Adaptado de: KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 3.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. p.312.)

Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre o comparativo entre conhecimento e ação em Kant, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) A verdade e a moral se confundem, visto que ambas buscam a realização da justiça natural.
( ) O contexto do dever-ser se realiza pautado pela disposição natural de como as coisas são.
( ) O conhecimento deve ser alcançado a partir da experiência, e a ação moral a ela não se limita.
( ) Demonstra haver uma dicotomia entre razão teórica (conhecimento) e razão prática (ação).
( ) A objetividade da moral se alcança em parâmetros racionais distante da necessidade natural.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

A
V, V, F, V, F.
B
V, F, V, F, F.
C
F, V, V, F, V.
D
F, V, F, F, V.
E
F, F, V, V, V.
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UNICENTRO 2015 - Filosofia

Leia o texto a seguir.

Todo domínio da filosofia pertence exclusivamente à razão; isso significa que a filosofia deve admitir apenas o que é acessível à luz natural e demonstrável apenas por seus recursos. A teologia baseia-se, ao contrário, na revelação, isto é, afinal de contas, na autoridade de Deus.

(GILSON, E. A Filosofia na Idade Média. Trad. de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p.655.)

Sobre essa dicotomia, o pensamento de Tomás de Aquino, no contexto Escolástico do século XIII, orienta-se pela

A
compreensão de que a razão deve ser instância crítica dos pressupostos não tematizados da fé.
B
separação entre fé e razão, declarando que o domínio da crença é incompatível com a pretensão do conhecimento.
C
sobreposição da fé em relação à razão, considerando que a verdade religiosa deve preponderar sobre a razão humana.
D
supressão dos campos da fé e da razão, admitindo que a via do conhecimento seguro é dada pela matemática.
E
necessidade de unidade entre razão e fé, visto que ambas buscam a verdade e esta não pode ser contraditória.
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UEA 2018 - Filosofia

Se a tragédia havia absorvido e assimilado todas as formas de arte antecedentes, o mesmo se pode dizer do diálogo platônico. Mistura de todos os estilos e de todas as formas precedentes, o diálogo oscila entre a narrativa, o lirismo e o drama, entre a prosa e a poesia. Platão conseguiu realmente legar à posteridade o modelo de uma obra de arte nova, o do “romance”. Neste gênero literário, a poesia existe gradualmente subordinada à filosofia e durante muitos séculos, mais tarde, a mesma filosofia esteve subordinada à teologia.

(Friedrich Wilhelm Nietzsche. A origem da tragédia, 2004. Adaptado.)

Pode-se exemplificar o argumento sobre a submissão da filosofia à teologia, com

A
o existencialismo sartriano.
B
o ceticismo iluminista.
C
o materialismo histórico.
D
a dialética positivista.
E
a escolástica medieval.
b012c2e8-02
UEA 2018 - Filosofia

Estando despertos ou dormindo, devemos nos persuadir somente pela evidência de nossa razão. Digo de nossa razão e não de nossa imaginação e de nossos sentidos. Mesmo que observemos o sol muito nitidamente, não devemos julgar por esse motivo que ele seja do tamanho que nós o vemos. A razão nos dita que todas as nossas ideias ou noções devem ter algum fundamento de verdade; pois seria impossível que Deus, que é inteiramente perfeito e verdadeiro, tenha colocado essas ideias em nós desprovidas desses fundamentos.

(Descartes. “Discurso do método”. In: Obras filosóficas, tomo I, 1988. Adaptado.)

A epistemologia cartesiana tem como fundamento

A
a validação metafísica do conhecimento racional.
B
o pressuposto de uma racionalidade intrínseca às coisas materiais.
C
o reconhecimento das verdades sustentadas pelas autoridades religiosas.
D
a certeza da infalibilidade do saber empírico.
E
a definição da imaginação como princípio ativo do conhecimento rigoroso.
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UEG 2015 - Filosofia

Da época antiga até o início da modernidade nos séculos 16 e 17 a ciência estava ligada à filosofia, fazendo do filósofo um sábio que pensava e conhecia todas as coisas. Entretanto, a partir do nascimento da razão moderna com a revolução científica no século 17, a ciência começou a se desligar da filosofia, constituindo campos e objetos de conhecimentos específicos com uso crescente do método experimental matemático. Esse desligamento da ciência e da filosofia contribuiu para uma nova concepção de homem, sociedade e natureza. Assim, verifica-se que

A
a filosofia continua tentando compreender o mundo humano e natural, que agora são objeto das diversas ciências, mas sem fazer recortes do real, como a ciência faz, já que a filosofia considera seu objeto sob o ponto de vista da totalidade.
B
as ciências, ao se separarem da filosofia, passam a lidar com juízos de valor, preocupando-se mais com o dever-ser, ao passo que a filosofia assume para si a tarefa de explicar o mundo tal como ele funciona, oferecendo meios de intervenção na realidade.
C
nesse processo de separação entre filosofia e ciências, as primeiras ciências a adquirirem autonomia foram as ciências humanas, sendo que as ciências naturais só surgem no século 19 com o avanço do pensamento matemático.
D
a separação entre filosofia e ciência, na realidade, decretou o fim da filosofia, já que o mundo natural e humano passam a ser objeto do conhecimento científico que possui caráter pragmático e utilitário, dispensando a reflexão filosófica.
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UEG 2016 - Filosofia

O ser humano é explicado por diversas abordagens sociológicas e filosóficas que propõem diferentes concepções de natureza humana, chegando mesmo a negá-la.

Em relação a tais concepções, tem-se o seguinte:

A
Marx compreendia a natureza humana a partir das necessidades humanas, especialmente o desenvolvimento de sua sociabilidade, e que, com o surgimento das classes sociais e da alienação, essa natureza seria negada.
B
a sociologia recusa totalmente a ideia de natureza humana, pois essa natureza seria metafísica, já que o ser humano é um produto social e histórico e o indivíduo nasce como uma folha em branco, na qual a cultura escreve seu texto.
C
Durkheim concebia a existência de uma dupla natureza humana, sendo que uma natureza humana seria caracterizada pela violência e a outra pela razão, cabendo à socialização o papel de superar ambas pela solidariedade.
D
para Kant e Hegel, a natureza humana era uma criação ideológica do iluminismo, que deveria ser superada por uma filosofia racionalista que reconhecesse que o ser humano é um projeto gestado pela razão.
E
Nietzsche considerava que a essência do ser humano é a racionalidade, e cuja existência é comprovada pelo fato de que somente os seres pensantes possuem certeza de sua existência a partir do próprio ato de pensar.
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UEG 2016 - Filosofia

O fenômeno da ideologia é um dos temas fundamentais tanto da reflexão filosófica quanto da sociológica. A esse respeito, verifica-se que

A
Weber e outros sociólogos alemães consideram que a ideologia é um fenômeno cultural derivado da evolução cognitiva do ser humano e por isso seria objeto de estudo da psicologia, da neurologia e da filosofia, e não da sociologia.
B
os filósofos contemporâneos consideram que a ideologia é melhor compreendida a partir da definição fornecida por Destutt de Tracy, segundo a qual ela é a “ciência das ideias” e por isso é objeto de estudo exclusivo da filosofia.
C
Mannheim entendia que a ideologia é um produto social gerado pelas classes sociais, sendo que a ideologia, no sentido mais estrito, seria produção da classe dominante, ao passo que as classes dominadas produziriam utopias.
D
Marx compreendia que a ideologia é um sistema de pensamento ilusório e que é um fenômeno que “não tem história”, sendo natural e universal, o que gerava a necessidade de substituição da ideologia burguesa pela ideologia proletária.
E
Hegel produziu a abordagem filosófica mais desenvolvida de ideologia e a compreendia como sendo o estágio mais desenvolvido do pensamento humano, superando outras formas de pensamento, como o mito, a religião, a filosofia e a ciência.
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UEG 2015 - Filosofia

Alguns historiadores e pensadores consideram que a filosofia tem data e local de nascimento. Ela teria surgido nas colônias gregas da Ásia Menor no séc. VII a.C. inaugurando assim o período chamado Pré-socrático.

Dentre as características desse primeiro período da filosofia grega destaca-se

A
que a filosofia em sua origem defende a tese da verdade revelada baseada em mistérios inacessíveis à razão humana.
B
que a filosofia surge como cosmologia, compreensão racional da ordem cósmica e como monismo, buscando um princípio único originário de todas as coisas.
C
a criação de modelos cosmogônicos e teogônicos capazes de oferecer uma explicação racional para a origem e as mudanças que afetam o homem e seu mundo.
D
que a invenção da escrita, da moeda, da política e do calendário tornou-se obstáculo para o desenvolvimento da capacidade de abstração do homem grego.
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UEG 2015 - Filosofia

Considera-se que no início da filosofia e da ciência moderna, com Descartes e a Revolução Científica do séc. XVII, houve uma mudança fundamental na relação entre sujeito e sua confiança nas possibilidades da razão, o que resultou na mudança da questão ontológica grega, que perguntava pelo ser, para a questão gnosiológica que pergunta pelas possibilidades e limites da razão. Diante dessa questão surgem duas grandes correntes que marcam o pensamento moderno: o racionalismo e o empirismo.

Em relação a tais tendências verifica-se que

A
o racionalismo, ao contrário do empirismo, preocupa-se em levantar hipóteses passíveis de serem submetidas ao controle empírico e matemático em condições de laboratório.
B
a questão gnosiológica de saber o que se pode conhecer foi tratada da mesma forma por empiristas e racionalistas que defendiam os mesmos critérios para determinar a verdade dos fatos e da existência humana.
C
a questão gnosiológica colocada por racionalistas e empiristas só reforça sua confiança na razão, denotando uma falta de preocupação em determinar os limites e as possibilidades da racionalidade.
D
o racionalismo defende o inatismo das ideais, o critério da evidência e a capacidade da razão em desvendar os mistérios da natureza e do universo, ao passo que o empirismo nega o inatismo, estabelecendo o critério da verificação para legitimar suas proposições.